pelé

A ONISCIÊNCIA REAL

Eu não sei de tudo na vida, nem tenho essa pretensão. Você, ainda que a possua, pode se esforçar ao máximo e obter um incrível conhecimento sobre diversos assuntos, ainda assim não saberá muito mais que os seus pares. Somos humanos, não máquinas, não Deuses.

Eu, você, o amigo ao lado, somos, em suma, mais do mesmo em meio a um todo. Não somos expostos a questionamentos de qualquer tipo a todo instante, logo nossa vidraça não está tão exposta assim a tijoladas mil.

Edson Arantes do Nascimento também não é Deus, apesar de ser Rei. É humano como todos nós. Mas, ao contrário de mim, de você, do amigo ao lado, basta ao sujeito abrir os olhos que algum microfone inoportuno lhe confere alguma questão sobre esporte, política, religião, sexo, construção civil, álbum de figurinhas da copa, equação de Drake e por ai vai.

Seja por solicitude ou interesse comercial, que sempre são enormes em se tratando de Pelé, mais ainda em ano de Copa, mais ainda em ano de Copa no Brasil, Pelé acaba se prestando, quase sempre, aos deleites dos que empunham os microfones. E, como bem se sabe, muitas vezes acaba por meter os pés pelas mãos, mas muitas outras vezes, não.

O que acontece é que há uma patrulha nacional em torno do que o maior nome do país faz ou deixa de fazer. Neste caso, de falar. Santo o Pelé nunca foi. Mas nem sempre o que ele diz é arbitrário ou absurdo. Só que ele fala sobre tudo e sobre todos, por anseio nosso, de gente que consome informação e pela ávida busca por qualquer nota de qualquer coisa que seja referente ao ex-atleta.

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