Arquivo da tag: Música

WHAT DIFFERENCE DOES IT MAKE?

Não, meus caros: este post não é sobre a célebre canção dos Smiths. Tratarei aqui da estreia mundial de um documentário produzido pela Red Bull Music Academy, encomendado ao cineasta Ralf Schmerberg, sobre o processo criativo de alguns músicos. “What Difference Does It Make? A Film About Making Music” foi produzido durante a edição do Red Bull Music Academy que aconteceu em Nova York no ano passado e será lançado mundialmente no dia 17 de fevereiro, segunda-feira, com download gratuito no site da Red Bull Music Academy.

Brian Eno: buscando sentido na produção musical.
Brian Eno: buscando sentido na produção musical.

Buscando respostas para a pergunta feita por Brian Eno no evento (“por que eu estou fazendo isto e que diferença isto faz?”), o documentário traz depoimentos de nomes como Lee ‘Scratch’ Perry, Brian Eno, Philip Glass, Giorgio Moroder, Erykah Badu, Nile Rodgers, Rakim, Skream, Q-Tip, Bernie Worrell, Egyptian Lover, Ken Scott, Thundercat, Richie Hawtin, James Murphy, Debbie Harry e Stephen O’ Malley, entre outros.

Aqui, você assiste ao trailer do documentário.

Atualização 20/02/2014: o vídeo está disponível para exibição e download e digo já: façam um favor a vocês mesmos e assistam. É sensacional. Dá pra assistir por aqui:

 

 

TOP 3 PEPITAS SONORAS DE 2013

Como já é de praxe, alguns de nós do elenco multiplatinado do FFC, fizemos nossas escolhas daqueles que acreditamos, segundo nosso gosto pessoal e conhecimento musical,  ser os três melhores álbuns do ano que acabou de se encerrar. Confira as escolhas de cada um de nós e mande também a sua!

Agna Silva

‘Monomania’ – Deerhunter 

monomania

 ‘MBV’ – My Bloody Valentine

mbv
 ‘Reflektor’ – Arcade Fire 

Arcade-Fire-Reflektor-608x608

Almir Breviglieri Jr.

‘… Like Clockwork” – Queens of the Stone Age

qotsa

‘AM’ – Arctic Monkeys

am

‘Venomous rat regeneration vendor’ – Rob Zombie

robzombie_

João Paulo Tozo

‘The Devil put Dinossaurs here’ – Alice in Chains

Alice-in-Chains-The-Devil-Put-Dinosaurs-Here

‘The Next Day’ – David Bowie

David_Bowie_-_The_Next_Day

‘… Like Clockwork” – Queens of the Stone Age

qotsa

Karen Bachega

‘Push the Sky Away’ – Nick Cave and The Bad Seeds

Push-The-Sky-Away-PACKSHOT3-768x768

‘Ready to Die’ – Iggy and The Stooges

iggy

‘Rewind the film’ – Manic Street Preachers

manic-street-preachers-rewind-the-film

Márcio Viana

‘Evil Friends’ – Portugal. The Man

07-10-Discs-Portugal-the-Man-Evil-Friends

‘… Like Clockwork” – Queens of the Stone Age

qotsa

‘Rewind the film’ – Manic Street Preachers

manic-street-preachers-rewind-the-film

Rene Crema

‘The Bones of What You Believe’ – Chvrches

chvrches-the-bones-of-what-you-believe

‘Random Access Memories’ – Daft Punk

daftpunk

‘Crystal World’ – Marnie

Print

cauby
Cauby se disse emocionado e agradeceu aos Ferozes pela expressiva votação.

07/09 – Cool as Fuck! com 10ª Edição FEROZES F.C. no Lebowski

A tradicional festa do FEROZES F.C., dá o tom da dualidade de dois mundos que freqüentemente são desassociados no Brasil: O futebol e a música. Diante da necessidade de unir os prazeres destes mundos, em sua 10ª edição, a festa traz os amigos e parceiros, entre eles o VOLUME 1, para celebrar com grande estilo, em uma noite com muito rock ‘n’ roll e bons drinks

LINE UP:
► VITOR BIRNER (Jornal Lance!, TV Cultura e UOL)
► MARCELO CASS – MARCELO MARR – LEINER SALINAS (Volume 1)
► JOÃO PAULO TOZO (Ferozes F.C.)

ORGANIZAÇÃO:
► KAREN BACHEGA & JULIANA MORAES

Venha para a Barra Funda, pode ser bom, pode ser legal pra caralho!

Cool as fuck! @Lebowski, 07/09 – 23h.
ENTRADA: R$ 20,00
LISTA DE DESCONTO: R$ 15 entrada ou R$30 de consumação
Envie seu nome e de seus amigos até as 20hs de sábado: sabado@lebowskisp.com.br
Estacionamento em frente, ponto de táxi na porta.
Comemorações, como chegar e outras dicas no site: www.lebowskisp.com.br

FLYER FFC set 2013

QUAL É A MÚSICA DE SUA VIDA?

Minhas memórias musicais também estão ligadas a uma imagem. Talvez quem tem a minha idade também se lembre dela, que reproduzo logo ali abaixo. Mas para mim, e talvez para outros em minha situação, ela seja um pouco mais especial. A ilustração do cãozinho em frente ao gramofone, supostamente ouvindo a voz do próprio dono, me remete à lembrança do meu saudoso pai, que trabalhou desde antes de eu nascer até a aposentadoria, quando eu tinha cerca de nove anos, como prensista de LPs na RCA-Victor, cujos selos possuíam a imagem do simpático cachorrinho, Nipper.

"A voz do dono"
“A voz do dono”

Agraciado com brindes mensais e retiradas de discos para desconto no pagamento, meu pai trazia para casa uma infinidade de títulos, dos mais diversos gêneros musicais. Some-se a isso os discos que meus irmãos, já adolescentes, começavam a comprar, e a minha primeira infância, acostumada com os Bozos e Topo Gigios, começava a ampliar o leque de opções para formar meu gosto musical. Em se tratando de rock, é bem provável que os Beatles tenham tocado o primeiro acorde de guitarra de que me recordo, talvez com “Help” ou “She Loves You”, “Ticket to Ride”, “Day Tripper”, quem é que vai saber? Minha lembrança mesmo é de um disco de David Bowie, Pin ups, em que o chamado “camaleão do rock” interpretava covers. É engraçado como aquilo me soava visceral, e como hoje nem parece tão pesado assim. Mas eu era criança.

Os anos foram passando, eu ainda criança acompanhava nos anos 80, pelo rádio, as passagens de The Cure, The Smiths, as bandas de heavy metal e hard rock, a explosão do rock nacional, sob o efeito do Plano Cruzado, e a valorização do poder de compra que fez coisas não tão relevantes venderem milhões de discos.

Mais alguns anos, e a década de 90 chegava com camisas de flanela, os meus primeiros fios de barba, em forma de cavanhaque e o grunge de Seattle, fazendo o volume subir nos alto-falantes do meu toca-discos (que já não era a vitrolinha em que Topo Gigio cantava “Meu limão, meu limoeiro”), acoplado a um cd-player e um tape-deck. 4 em 1. E ali fazíamos as nossas coletâneas, gravando músicas de LPs, de CDs, de K-7s para K7s ou até do rádio, com os dedos a postos pra começar e terminar a música que ia tocar, tendo o cuidado de calcular o tempo restante e se preparar para virar o lado sem perder nada da gravação de um especial. Rebobinar fita cassete com caneta bic, quem nunca? E a fita a gente levava pra ouvir no walkman. Trabalhando como office-boy, foram algumas longas viagens de trem com o walkman preso ao cinto, companheiro de jornadas.

 

Este ratinho já teve seus compactos rodando nas vitrolinhas de todo o Brasil.
Este ratinho já teve seus compactos rodando nas vitrolinhas de todo o Brasil.

E os anos 2000 foram um pouco pulverizadores do formato. Surgiram os mp3-players, e não importava mais o suporte em que a música chegava, ela tinha que ser convertida para ser encaixada no pequeno aparelho. Ou baixada. Hoje os discos já não vendem tanto, muitos artistas já disponibilizam seus sons diretamente para download, capas de discos viraram um raro prazer (foram diminuindo, até se transformarem em pdf – quando existem).

Um dos meus discos prediletos, no entanto eu nunca o tive em mãos.
Um dos meus discos prediletos, no entanto eu nunca o tive em mãos.

Eu fiz toda essa linha do tempo para dizer que possuo uma prática que considero uma das coisas que mais gosto: compartilhar música. Eu e uma amiga – a minha melhor amiga – sempre nos presenteamos com as nossas descobertas e lembranças musicais, através de nossas playlists e sugestões. No meio de uma destas playlists, a constatação daquela que é a que considero a música mais bonita da história, a minha predileta de todos os tempos, e a qual surpreendentemente nunca ouvi em seu suporte original, aliás em suporte algum que não fosse o rádio, e mais recentemente o mp3: “God only knows”, dos Beach Boys. Do disco Pet Sounds, aquele significativo disco cujas letras amarelas em fundo verde estampam camisetas pelo mundo afora. Significativo porque é um dos álbuns mais influentes da história da música pop. Que se tornou até certo ponto uma roda de influências entre os Beach Boys e os Beatles, começando pelo disco Rubber Soul do quarteto de Liverpool, que impulsionou a criação de Pet Sounds, cuja “God only knows” foi alvo do apreço de Paul McCartney, que quis fazer algo semelhante em “Here, there and everywhere” no disco Revolver dos Beatles, e a história foi se seguindo.

Fato é que só recentemente me dei conta de que é minha música favorita. Uma bela constatação. E para você, qual é a música da sua vida?

A minha é essa:

DA SALVAÇÃO DO ROCK AO SUPERTECNOBREGA

POR AGNA SILVA

Antes mesmo de ser lançado o novo álbum All the Time, do Strokes já vem semeando a discordia. Eles passaram de salvadores do rock dos anos 2000 para contemporâneos da rainha do tecnobrega Gaby Amarantos.

Considerada uma das bandas mais influentes do século XXI o single “One Way Trigger “, vazou e gerou comentários.

Faça o seu :

Versão 2013

Versão 2001

 

 

Biografia :

The Strokes é uma banda de indie rock formada em 1998 em Nova Iorque, Estados Unidos. Eles alcançaram grande notoriedade nos primeiros anos da década de 2000 como líderes do movimento de garage rock revival. Os membros da banda são Julian Casablancas (vocais), Nick Valensi (guitarra), Albert Hammond, Jr. (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio Moretti (bateria e percussão).

 

Nikolai Fraiture e Julian Casablancas são amigos desde a infância. O guitarrista Nick Valensi e o baterista Fabrizio Moretti começaram a tocar juntos quando ambos estudavam na Escola Dwight em Manhattan. Mais tarde, Casablancas foi mandado para Le Rosey, uma escola na Suíça com intuito de melhorar seu comportamento; ele havia desenvolvido problemas alcoólicos. Lá, conheceu Albert Hammond Jr., ambos americanos, apesar de não serem muito amigos. Anos mais tarde, Casablancas se encontrou sem querer com Hammond Jr. nas ruas de Nova Iorque.

Coincidentemente, ambos viviam em apartamentos na mesma rua, um de frente para o outro. Albert e Julian passaram a dividir um apartamento e, em 1999, juntaram-se a Nikolai Fraiture, Nick Valensi e Fabrizio Moretti e formaram a banda The Strokes. A popularidade do grupo cresceu rapidamente, especialmente na região de Lower East Side em Manhattan. Começaram então a se apresentar no Mercury Lounge, onde Ryan Gentles era um dos agendadores de concerto. Gentles ficou tão impressionado pela banda que passou a ser seu produtor. O grupo passou a se dedicar a ensaios, mantendo seus trabalhos de dia resultando numa lista de dez a doze canções, entre elas Last Nite, Modern Age, This Life (atualmente chamada de Trying Your Luck), NY City Cops, Soma, Someday, entre outras. Posteriormente, a maioria dessas canções receberam novas letras.

Gordon Raphael, um pequeno produtor de rock da cena musical de Nova Iorque, assistiu a um dos primeiros concertos da banda, tendo, anos mais tarde, dito que ele na verdade teria ido assistir a um concerto de uma outra banda que também estava tocando naquela noite. Raphael deu a Albert seu número de telefone, dizendo que poderia gravar uma demo para eles. Após uma ligação ocorrida uns dois dias depois, a banda e Raphael finalmente se encontraram.

Primeiro disco da banda, Is This It é uma das referências do rock de garagem do início da década de 2000. A faixa NY City Cops não fez parte do álbum lançado nos Estados Unidos por conta dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Posteriormente, Slash (ex-Guns N’ Roses, atual Velvet Revolver) tocou a canção com a banda. A relação com o Guns continuou no vídeo musical de Someday, que mostra rapidamente Duff McKagan, Slash e Matt Sorum. Em novembro de 2009 Is This It foi eleito o melhor disco da década de 2000 segundo a revista NME.

A banda lançou o seu segundo álbum, Room on Fire, em Outubro de 2003. Recebeu elogios porém foi menos bem sucedido, mesmo sendo ouro nos Estados Unidos, comercialmente falando. O terceiro álbum, First Impressions of Earth, foi lançado em Janeiro de 2006 . No Japão, foi ouro na primeira semana de lançamento. Foi também o álbum mais baixado durante duas semanas no iTunes. Em Janeiro de 2006, a banda então fez sua segunda aparição no Saturday Night Live, cantando Juicebox e You Only Live Once.

Julian e o guitarrista Nick Valensi começaram a escrever novo material para o quarto álbum da banda no inicio de 2009, com intenção de começar gravações em fevereiro do mesmo ano. Apesar disso, devido a vários atrasos o lançamento foi constantemente adiado, mas o vocalista afirmou que o álbum sairia em março de 2011. Então, no dia 13 de março de 2011, o quarto álbum da banda, Angles, vazou na internet 9 dias antes da data marcada para o lançamento oficial do disco.

 

Discografia

 

The Modern Age [EP] – (2001)

Is This It – (2001)

Room on Fire – (2003)

First Impressions of Earth – (2006)

Angles – (2011)