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Estádio do Corinthians, não da Copa

Essa é a maquete.

Eu seria louco se dissesse que não quero que o Corinthians tenha seu estádio. Especialmente este, num local em que está concentrada grande parte da torcida, e onde há muito tempo se espera por esta construção.

Mas sabe, eu não queria que a coisa partisse para o nível da picuinha, do egocentrismo de dirigentes, da ideia de conseguir a qualquer custo.

Porque sinceramente, há muito tempo o termo “Seleção Brasileira” está desgastado, e 99,99% disso deve se aos mandos e desmandos do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. E é justamente a este Ricardo Teixeira que o presidente do Corinthians, Andres Sanchez resolveu se aliar para alcançar o objetivo de construir um estádio para o Timão. Só que por muito tempo, o estádio não será exatamente “do Timão”. Primeiro porque não ficará pronto a tempo de participar do “teste” para a Copa do Mundo, que é a Copa das Confederações. Segundo porque – de acordo com as últimas notícias – o Corinthians provavelmente só poderá fazer uso do estádio após 2015, após a Copa.

Então, eu me pergunto se vale mesmo a pena tanta pompa em torno de um estádio. O que me preocupa são os acordos duvidosos que são firmados, os investimentos exagerados e o uso de dinheiro público para uma obra que – ok, depois vai ficar para uso do clube, mas que talvez não precisasse assumir esse aporte financeiro. Até porque lá na frente a conta pode sair cara, tanto no quesito financeiro como no que diz respeito à reputação do Corinthians, afinal assim como sempre se fala da ajuda do governo estadual para construir o estádio de um de nossos rivais, todo esse arsenal de argumentos deve se voltar contra o Fielzão, palco da abertura da Copa de 2014.

Enfim, o que quero dizer é que acho importante que exista o estádio do Corinthians, e a construção do Fielzão é sim um enorme passo. Mas não precisava ser o estádio da Copa. Pelo menos não de uma Copa que envolva assuntos tão controversos.

Aí eu me deparo com a declaração do diretor de marketing do Corinthians, Luiz Paulo Rosemberg, de que o Morumbi seria a solução para a Copa do Mundo, e que CBF, Fifa e Governo pediu pelo amor de Deus para que a abertura da Copa fosse no estádio do Corinthians, e por isso foi aprovada esta parceria público-privada em torno da construção. Bem, além de achar que tal declaração ainda vai dar muito pano pra manga, acho que é no mínimo uma forma de sair pela tangente de um questionamento a respeito dos gastos acerca da construção.

Raça, Timão!

Saudações alvinegras.

 

Em meio a discussões a respeito de estádio, influência ou não do governo e da CBF, dinheiro daqui e de acolá, Itaquera ou Higienópolis, ou até mesmo discussões acerca de contratações, Tevez ou não Tevez no Corinthians, de onde vem a grana, a Globo banca? Não vem por quê? Enfim, o Corinthians vem sendo o principal assunto das últimas semanas e eu pensei muito em escrever a respeito de algum desses temas, mas depois do jogo contra o Botafogo, sinto a necessidade de ressaltar algo que há muito tempo não via no todo-poderoso: raça!

Foi isso o que eu pedi ano passado depois da derrota (2×1 pra nós) para o Flamengo no Pacaembu. Enquanto metade da torcida apoiava aquele time apático, eu só gritava “Raça, Timão, você é tradição!”. Foi raça o que eu pedi ao time durante todo o brasileiro. Sentia falta da raça de Cristian e, por que não?, do próprio Carlitos.

Cristian em disputa de bola com Arouca.

 

Esse time de hoje já mostrava raça individualmente em alguns momentos, com Jorge Henrique, Ralf, Chicão… Mas o coletivo ainda não havia me convencido de que era algo além de um time mediano em boa fase.  Talvez não tenhamos os melhores jogadores, astros da seleção da CBF (vergonhosa), mas temos um time que está brigando a cada jogo, a cada lance. Nossa invencibilidade reflete o momento do time, que consegue vencer jogando bem e consegue se virar jogando mal. Não estou escrevendo nada baseado em resultados (por favor, entendam), mas os resultados são um prêmio aos esforços do time.

Quando vi o dedo do Julio Cesar completamente torto, já comecei a imaginar qual jogador da linha iria cobrir a nossa meta nos últimos instantes do jogo. A lesão era óbvia. Mas, ao ver nosso guarda-redes vestir sua luva e permanecer em campo, o time se inflamou, nossa torcida se inflamou, e o resultado apareceu.

Julio Cesar ao ver a lesão em seu dedo.

Sinto-me na obrigação de parabenizar o time por sua atitude em campo, personalizada na dor e no sacrifício de Julio Cesar e espero que eles realmente entendam que é isso o que a gente espera de cada atleta que veste o manto sagrado.

Para finalizar, uso as palavras do nosso arqueiro ao ser indagado sobre o porquê de permanecer em campo após a contusão: “Aqui é Corinthians!”

Escrevendo este texto fiquei com muita vontade de ouvir Pennywise. Fica Bro Hymn pra vocês.

Vai, Corinthians!

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Novidades tricolores

Invicto no Campeonato Brasileiro, com a defesa menos vazada e líder da competição, o São Paulo volta a campo neste domingo, para o clássico contra o Corinthians, no Pacaembu, pela sexta rodada do Brasileirão.

E o tricolor paulista que vai para o jogo recheado de problemas: Rodrigo Souto (terceiro cartão), Juan (terceiro cartão), Rhodolfo (machucado), Fernandinho (machucado), Lucas (seleção brasileira), fizeram com que o treinador não definisse a equipe, que deve ser bastante diferente da que venceu o Ceará, por 2 a 0, na última rodada.

Referente a polêmica da semana que envolve o clássico, o que tenho a dizer é que eu nao copraria um carro de nenhum dirigente da Fifa ou do Corinthians. Portanto caso o Rogerio Ceni venha balancar a rede do rival nesse domingo, será contabilizado 102 gols para o goleiro artilheiro do Morumbi.

Para não dizer que a diretoria esta de braços cruzados, as renovações de Ilsinho e Rogerio Souto, ambos com vinculo até agosto, está perto de ser concretizada e com a situação bem adiantada.
Paulo César Carpegiani, que considera os dois peças importantes para o grupo, foi fundamental para a permanência dos dois.

Ainda sem poder estrear pelo São Paulo por conta de uma cirurgia na coxa direita, o atacante Luis Fabiano tem elogiado o bom início de campeonato da equipe e ressaltou a importância dos jovens atletas do time. “Desde quando eu cheguei me imaginava jogando com a camisa do São Paulo, com estes garotos talentosos, mas estou me recuperando bem e espero me encaixar neste time. Quero dar alegria aos torcedores, pois foi para isso que voltei. Minha volta está cada vez mais próxima”, prometeu.

O torcedor São Paulino agora poderá ter seu próprio estádio. Na verdade poderá ter uma miniatura do estádio Cicero Pompeu de Toledo, que estão sendo vendidas nas lojas da rede Nobel.
O produto oficial é feito de plástico e apresenta todas as características atuais do estádio como as cores e todas as suas estruturas. que também são desmontáveis.
Além dos “holofotes” que iluminam de verdade e o hino tricolor que ecoa na miniatura como em dias de jogos. Brinquedo para os pequenos e grandes torcedores do São Paulo Futebol Clube.

Para um time novo, que por enquanto esta dando certo:  The Naked and Famous -Young Blood

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Na noite passada eu tive um sonho…

Saudações alvinegras,

Na última noite sonhei com meu avô. Ele sempre foi para mim uma das maiores referências de torcedor alvinegro. Mesmo sem poder ouvir ou assistir aos jogos do todo-poderoso por determinações médicas depois de certa idade, passávamos horas discutindo escalações, contratações, jogos históricos. Todos aqueles anos foram muito importantes para mim e, com certeza, serei eternamente grato a ele por isso.

Pois bem, enquanto dormia tranquilamente, sonhei que estava com meu avô nos anos 70 assistindo a um jogo do Corinthians contra o Palmeiras. O jogo estava no intervalo e nós discutíamos a respeito da construção do nosso próprio estádio, até que um senhor ao lado nos dizia que não deveríamos nos preocupar com isso, pois a diretoria já tinha planos para tal aquisição. Neste momento tive um impulso de memória e descobri que era um sonho. Acordei. Dormi novamente.

Pacaembu nos anos 70

Quando me dei conta, estava na casa da minha avó. Havia muita gente lá, era alguma festa, e meu avô e meu tio conversavam sobre mais um projeto de construção de estádio que estava por vir. Vovô era o único capaz de me ver na casa e, enquanto dei uma volta, vi um garotinho andando na motoca com uma camisa listrada do todo-poderoso. Confesso que foi estranho, mas ao mesmo tempo emocionante, ter um flash da minha infância, mesmo que em sonho. Com tudo o que vi, presumo que estava em 1989.

Nesta época, o terreno já havia sido cedido pela prefeitura.

De repente, como às vezes acontece nos nossos sonhos, apareci em outro lugar. Eu estava trancado no meu quarto chorando por causa da derrota para o Palmeiras na final de 1993. Eu tinha 8 anos (mas com a consciência que tenho hoje) e meu avô estava lá comigo (apesar de eu ter ficado sozinho até dormir no dia do jogo). A gente conversou sobre a grandeza do Corinthians, sobre o fato de aprendermos a perder e, também, sobre irmos ao estádio ver o Corinthians jogar em Itaquera quando construíssem. Acordei de novo. Triste, confesso.

Meu avô faleceu e não fomos ao estádio. Ele esperou mais de 30 anos por isso, mas não viu a construção. Entretanto, ele ouviu promessas, muitas. Hoje, vivo mais uma promessa. Algumas máquinas de terraplanagem no terreno ainda não dizem nada. Não considero que já temos o nosso estádio. Temos uma longa história cheia de capítulos com finais infelizes… e seria muito inocente comemorar antes de chegar à última página. Peço a São Jorge que me perdoe, mas desta vez estou com São Tomé.

Foto de hoje cedo. Processo de terraplanagem em Itaquera.

Vai, Corinthians!

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Tudo isso me faz lembrar de uma das minhas músicas favoritas, de uma das bandas de hardcore que mais curti em todos os tempos.

Deixo com vocês um vídeo de Violins, do Lagwagon.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=rzK5sC8v_b4[/youtube]

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Gostaria de pedir desculpas aos leitores do FFC e aos meus companheiros no site, principalmente o Marcio Viana, a quem acabei sobrecarregando, por minha ausência nestas últimas semanas.