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LIÇÃO DE CAMPEÃO

A expectativa era de maior equilíbrio, algo que surgiu somente no quarto final da partida entre Manchester City e Bayern em Manchester, mas fato é que os atuais campeões da UEFA Champions League aplicaram toda sua técnica coletiva superior e venceram os anfitriões com autoridade por 1×3 com gols de Franck Ribery, Thomas Müller e Arjen Robben, além do gol de honra de Álvaro Negredo.

 

 

Citizens atônitos em Manchester
Citizens atônitos em Manchester

GRUPO D:

 

Manchester City FC 1×3 FC Bayern München

Manchester, Inglaterra

Josep Guardiola decidiu retornar à velha e consagrada formação dos bávaros com Bastian Schweinsteiger na meia e Philipp Lahm à direita, além de optar por Thomas Muller no ataque em detrimento de Mario Mandzukic, destaque do time do início de temporada.

Thomas Müller para marcar
Thomas Müller para marcar

E, logo aos 7 minutos de jogo, o francês Franck Ribery, caindo pela esquerda, arriscou próximo à entrada da área e anotou, deixando a dúvida no ar sobre possível falha do goleiro da Seleção Inglesa Joe Hart.

O gol inicial desestabilizou o planejamento tático de Manuel Pellegrini. Os Citizens não encontravam espaço de penetração na defesa adversária e a marcação de saída de bola por parte dos alemães mostrava-se eficiente.

Foi um 1º tempo de amplo predomínio representado pelos 67% de posse de bola do Bayern.

Na 2ª etapa, o City procurou demonstrar maior motivação na tentativa de empurrar os visitantes para seu campo de defesa, mas tiveram nova decepção aos 11 minutos com novo gol, agora com Thomas Muller.

Logo na sequência, Arjen Robben ampliaria para 3×0 no Etihad Stadium.

Somente na parte final, já aos 79 minutos, Álvaro Negredo conseguiu o gol do City e, a partir daí, os anfitriões conseguiram impor seu jogo com bola na trave de David Silva inclusive.

Muito pouco e muito tarde para o Manchester City.

Foi a sétima vitória sequencial do Bayern na UCL, além da primeira derrota do técnico chileno Manuel Pellegrini em casa. De quebra, muitos colocaram grande parte da responsabilidade do revés Citizen sobre as costas de Joe Hart.

 

PFC CSKA Moscou 3×2 FC Viktoria Plzen

São Petersburgo, Rússia

Na partida de abertura da rodada na Rússia, o CSKA derrotou os tchecos do Viktoria Plzen por 3×2 graças, sobretudo, a enorme falha do goleiro eslovaco Matus Kosacik que não dominou bola proveniente de simples recuo por parte de Radim Reznik (assinalado como autor de gol contra).

O time russo teve como um dos grandes destaques o japonês Kaisuke Honda, além do atacante sérvio Zoran Tosic.

O Plzen lutou bravamente a todo instante e, após sair na frente no placar com Frantisek Rajtoral, ainda conseguiu trazer emoção final ao diminuir para 3×2 com Marek Bakos.

Com o resultado, o CSKA mantém-se vivo na disputa pela segunda vaga do Grupo D.

Confira a falha do goleiro Matus Kosacik a seguir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=CQPA9e6iBwc[/youtube]

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 FC Bayern München

2

2

0

0

6

1

5

6

 Manchester City FC

2

1

0

1

4

3

1

3

 PFC CSKA Moskva

2

1

0

1

3

5

-2

3

 FC Viktoria Plzeň

2

0

0

2

2

6

-4

0

 

 

GRUPO A:

 

FC Shakhtar Donetsk 1×1 Manchester United FC

Donetsk, Ucrânia

Em partida marcada pelo recorde de atuações do galês Ryan Giggs na UCL, que entrou em campo no 2º tempo no lugar de Marouane Fellaini para completar 145 jogos disputados, o Manchester United cedeu empate aos anfitriões do Shakhtar Donetsk a menos de 15 minutos do final.

sd 1-1 mufcOs Red Devils saíram na frente com gol de Danny Welbeck após boa jogada de Fellaini.

Pressionado, David Moyes efetuou diversas mudanças na equipe em relação à partida anterior (derrota para o West Bromwich por 1×2 em Manchester pela English Premier League). Wayne Rooney, lesionado, era ausência. Em compensação, Robin Van Persie estava de volta.

Além do gol, o United apresentava superioridade na 1ª etapa, já que os anfitriões mal conseguiam ultrapassar o meio de campo.

Tudo estava no mesmo padrão na etapa final, até que, repentinamente, o Shakhtar obteve o empate através de jogada pela esquerda de Yaroslav Rakytskyy com cruzamento interceptado por Nemanja Vidic que teve sobra com chute perfeito do brasileiro Taison Freda.

Foi um verdadeiro castigo para o Manchester United. Típico de equipes que atravessam momentos ruins. Derrota que significa mais pressão para David Moyes.

 

Bayer Leverkusen 2×1 Real Sociedad

Leverkusen, Alemanha

Os donos da casa do Bayer Leverkusen obtiveram vitória ao apagar das luzes e impondo verdadeiro sofrimento aos espanhóis do Real Sociedad.

Simon Rolfes marcou o primeiro gol dos alemães nos acréscimos do 1º tempo, mas Carlos Vela reigualou o marcador logo no princípio da etapa final.

Já aos 92 minutos de partida, Jens Hegeler fez o gol decisivo de falta para o Leverkusen que se recupera da derrota inicial para o Manchester United e volta a sonhar com a próxima fase.

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 FC Shakhtar Donetsk

2

1

1

0

3

1

2

4

 Manchester United FC

2

1

1

0

5

3

2

4

 Bayer 04 Leverkusen

2

1

0

1

4

5

-1

3

 Real Sociedad de Fútbol

2

0

0

2

1

4

-3

0

 

 

GRUPO B:

 

Juventus FC 2×2 Galatasaray AS

Turim, Itália

Em partida que marcou a estreia de Roberto Mancini como treinador do Galatasaray turco, a Juventus voltou a decepcionar na competição europeia e apenas empatou em casa contra os visitantes.

jfc 2-2 gasDe fato, faltou intensidade ao time Bianconeri. As dificuldades já ficaram expostas ainda na 1ª etapa e, aos 36 minutos, o experiente Didier Drogba, após erro de Leonardo Bonucci, abriu o placar no Juventus Stadium.

Sabedor do fiasco inaugural da equipe perante o Real Madrid (derrota em casa por 1×6), Mancini povoou o meio de campo com cinco jogadores.

As dificuldades de criação da Juve eram totais e Antonio Conte lançou o espanhol Fernando Llorente na partida.

O gol de empate dos anfitriões viria somente aos 78 minutos e através de penalidade sofrida por Fabio Quagliarella em ação de Nordin Ambarat e cobrança de Arturo Vidal.

A fatura parecia ter sido resolvida de forma apoteótica aos 87 minutos com gol de cabeça de Quagliarella após cruzamento de Andrea Pirlo, mas Emut Bulut empataria no minuto seguinte.

Final emocionante em Turim com segundo empate para a Juventus e bom início de trabalho para Roberto Mancini no Galatasaray.

 

Real Madrid CF 4×0 FC Copenhague

Madri, Espanha

Vitória tranquila para os Merengues em casa com dois gols de Cristiano Ronaldo e outros dois de Angel Di Maria sobre o limitado Copenhague no Estádio Santiago Bernabéu.

rmcf 4-0 fckIker Casillas foi o titular no gol e Gareth Bale ficou de fora por lesão.

Excelente resultado para Carlo Ancelotti que recebera as primeiras contestações após a derrota sofrida para o Atlético Madrid também em casa no último final de semana.

A questão no Madrid é justificar o investimento altíssimo feito em Bale em detrimento da saída de Mesut Özil. Algo a ser demonstrado dentro de campo no decorrer da temporada.

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 Real Madrid CF

2

2

0

0

10

1

9

6

 Juventus

2

0

2

0

3

3

0

2

 FC København

2

0

1

1

1

5

-4

1

 Galatasaray AŞ

2

0

1

1

3

8

-5

1

 

 

GRUPO C:

 

Paris Saint-Germain FC 3×0 SL Benfica

Paris, França

Com grande atuação de Zlatan Ibrahimovic, que marcou duas vezes e assistiu no gol de Marquinhos, o PSG venceu tranquilamente seu principal oponente no Grupo C, o Benfica.

psg 3-0 slbO gol inicial logo aos 5 minutos e dos dois seguintes resolveram a partida em meia hora de peleja no Parc des Princes e transformaram a partida em verdadeiro passeio para os locais de Laurent Blanc.

Lucas Moura foi reserva e entrou na etapa final. À frente, Blanc optou por Ezequiel Lavezzi e Edinson Cavani, além do próprio Ibra.

 

RSC Anderlecht 0x3 Olympiacos FC

Bruxelas, Bélgica

O Anderlecht decepcionou em Bruxelas em jogo chave para as pretensões de ambas as equipes visando a sobrevivência no Grupo C.

Olympiakos's Konstantinos MitroglouA fatura foi resolvida com hat trick de Konstantinos Mitroglou e colocou os gregos do Olympiacos na disputa pela segunda vaga contra os portugueses do Benfica.

Classificação:

Clubes

J

V

E

D

GM

GS

DG

Pts

 Paris Saint-Germain FC

2

2

0

0

7

1

6

6

 Olympiacos FC

2

1

0

1

4

4

0

3

 SL Benfica

2

1

0

1

2

3

-1

3

 RSC Anderlecht

2

0

0

2

0

5

-5

0

ESPANHA SUPERCAMPEÃ: MUITO “TIQUI-TACA” PARA POUCO “CATENACCIO”

E foi mais fácil que o esperado. A Espanha conquista novamente o Euro, mantendo o título em suas mãos, após fácil vitória sobre a Itália por 4×0 em Kiev, Ucrânia.

 

Espanha campeã do Euro 2012

A Espanha apenas fez mais do mesmo que está acostumada a fazer, uma vez que possui uma seleção com total base e influência no Barcelona. Foi aquele futebol de toques precisos, com muita movimentação, apenas aguardando o momento certo de dar o bote, ou seja, o verdadeiro tiqui-taca.

Já a Itália, talvez por empolgação, talvez por ousadia de Cesare Prandelli, deixou totalmente de lado seu futebol pragmático fortemente baseado no catenaccio, isto é, o ferrolho, marcação forte e incessante até o fim.

Ousadia que custaria caríssimo para a Azzurra.

Os 4×0 espanhóis vieram com tanta naturalidade que mais lembraram a goleada pelo mesmo placar imposta pelo Barcelona, maior influência da Roja, sobre o Santos no mundial de clubes da FIFA, e não somente pela coincidência no placar, mas também pela facilidade de fluidez do jogo espanhol.

O primeiro gol teve a assinatura do grande Andrés Iniesta ao lançar Cesc Fábregas que efetuou cruzamento para conclusão alta de cabeça de David Silva aos 14 minutos de jogo.

A Itália ainda tentaria voltar ao jogo em jogadas de bola parada de Andrea Pirlo, mas sem sucesso. O veterano meia da Juventus mostraria estar em noite apagada, bem como seu companheiro atacante, o Citizen Mario Balotelli, que apenas tentaria chutes de longa distância sem direção.

Todos teriam a forte sensação de que a partida estava praticamente decidida aos 41 minutos de jogo quando Jordi Alba ampliaria para a Espanha. Uma vantagem de dois gols a ser revertida em 45 minutos seria demais para a Itália.

No 2 º tempo, o golpe de misericórdia para os italianos. Prandelli promove a entrada de Thiago Motta no lugar de Riccardo Montolivo. Era a terceira substituição italiana. Para infelicidade azzurra, o ítalo-brasileiro se lesiona três minutos mais tarde e é forçado a deixar a partida. A Itália é forçada a terminar sua melancólica final com 10 jogadores em campo contra o rolo-compressor espanhol.

Daí em diante, o tiqui-taca da Roja apenas intensificou-se. A Itália não tinha mais nada a fazer. Os dois gols finais sairiam com naturalidade de jogo treino, além das oportunidades perdidas.

Aos 39 minutos, Fernando Torres, colocado em jogo por Vicente Del Bosque no 2º tempo, faria o terceiro gol e pouco depois Juan Mata encerraria as atividades espanholas completando o placar.

Vitória de uma verdadeira dinastia contra uma seleção que ousou fugir das suas características históricas e pagou caro preço. É a velha lei econômica aplicada ao futebol: quanto maior o risco, maior o retorno ou maior a perda.

Ao final de mais uma competição de clubes, pairam as dúvidas no ar: quem poderá superar a Espanha? A Alemanha de Joachim Löw, cujo jogo, historicamente, não se encaixa contra os italianos, mas não se sabe como seria contra os espanhóis? Ou a Argentina de Lionel Messi, principal astro do time base da Espanha? Certo é que a Espanha, por ora, comanda o futebol mundial de seleções.

EURO – GRUPO C: ESPANHA IMPLACÁVEL. ITÁLIA, A MESMA DE SEMPRE

ITÁLIA 1×1 CROÁCIA

Poznan, Polônia

 

Após bom empate contra a Espanha na estreia, a Seleção Italiana falhou e deixou escapar vitória contra a Croácia em Poznan, Polônia.

Disputa feroz pela bola entre italianos e croatas

Fazendo bom 1º tempo, os italianos dominaram as ações tendo sempre como maestro o meia Andrea Pirlo da Juventus.

De fato, foram várias chances criadas pela Azzurra nos primeiros 45 minutos de jogo.

Mas, o gol chegaria somente em lance de bola parada através de cobrança de falta de Pirlo. O goleiro Stipe Pletlkosa ainda voou na bola tentando interceptá-la, mas era tarde demais. Itália na frente.

O gol abria perspectiva de vitória para o time de Cesare Prandelli.

Impressão que ficou no 1×0 parcial.

Na 2ª etapa, os croatas, após sofrerem pressão, começaram a gostar do jogo e criaram oportunidades. O empate amadurecia.

E ele veio após cruzamento na área concluído com chute de Mario Mandzukic e falha na marcação de Giorgio Chiellini que não acompanhou de perto o autor do gol croata.

Resultado ruim para a Itália que teve todas as oportunidades de liquidar o jogo ainda no 1º tempo. Nada de muito diferente do que acontece com a Azzurra em Copas do Mundo e Eurocopas. Ao melhor estilo melodrama, sempre mergulhada no limite do perigo e do sufoco.

 

ESPANHA 4×0 IRLANDA

Gdansk, Polônia

 

Com ótima atuação de Fernando Torres, os atuais campeões europeus e do mundo não tomam conhecimento e provocam a primeira eliminação do Euro. Irlanda fora.

Fernando Torres foi destaque espanhol contra a Irlanda

A Espanha não deixou a Irlanda respirar desde o início. Prova foi o gol inaugural de Torres marcado logo aos 4 minutos de jogo.

Xabi Alonso e Xavi controlavam completamente o meio de campo e o Citizen David Silva à frente dava mais dinâmica aos campeões.

Resultado dos arranjos de Vicente Del Bosque: total posse de bola e pressão na saída de jogo irlandesa.

Não havia nada que Giovanni Trapattoni poderia fazer. Faltava-lhe qualidade para poder trabalhar.

Ainda assim, os irlandeses conseguiam levar a partida em 1×0 até o final do 1º tempo.

Mas, sem ilusões, David Silva trataria de ampliar aos 4 minutos da 2ª etapa.

Mais tarde, Torres faria belo gol e, no final, Césc Fábregas finalizaria os 4×0 com chute cruzado potente.

A Espanha relembrou o continente a respeito de seu poder de fogo.

Agora a Espanha lidera com 4 pontos, a Croácia também foi a 4 pontos, a Itália fica com 2 e a Irlanda está sem pontos.

Na rodada final, Itália x Irlanda com obrigação de boa vitória para a Itália e Espanha x Croácia.

EURO – GRUPO C: CLÁSSICO LATINO ELETRIZANTE. CROÁCIA LÍDER.

ESPANHA 1×1 ITÁLIA

Gdansk, Polônia

Em grande partida inaugural do grupo B da Eurocopa, Espanha e Itália, os dois últimos campeões do mundo, empataram em 1×1 na PGE Arena de Gdansk, Polônia, em partida digna da tradição de ambos os países no mundo da bola.

 

Espanhóis e italianos disputaram com vontade partida inaugural do grupo C

O favoritismo era espanhol, afinal o time de Vicente Del Bosque, além de atual campeão do mundo é o atual campeão do Euro e tem como base estrutural o poderoso time do Barcelona.

Já na combalida Itália, em plena crise técnica e sob fogo cruzado proveniente dos escândalos de manipulação de resultados e apostas envolvendo jogadores, treinadores e dirigentes de futebol, o Calcioscomesse, o técnico Cesare Prandelli havia decidido por sistema de jogo cauteloso com três zagueiros para tentar parar a eficiência dos passes da Roja.

Surpreendentemente, os italianos tiveram desempenho ligeiramente superior aos adversários espanhóis no 1º tempo.

Com defesa instransponível, os italianos detiveram a tentativa dos espanhóis de envolver o adversário com grande trabalho de Daniele De Rossi no auxílio a Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci e Christian Maggio.

No ataque italiano, Antonio Cassano dava as cartas e Mario Balotelli, apesar da presença de área, fez faltas e se irritou em lances que comprometeram sua continuação na partida, já que foi advertido com cartão amarelo.

Outro grande duelo ficou reservado para os goleiros, Iker Casillas, que trabalharia um pouco mais nos primeiros 45 minutos, e Gianluigi Buffon.

Casillas faria algumas defesas importantes, com destaque para o cabeceio de Thiago Motta.

Final de 1º tempo com sensação de surpresa pelo bom futebol apresentado pelos italianos contra os campeões europeus e mundiais.

Já na 2ª etapa os espanhóis lembraram-se dos títulos que sustentam e impuseram-se sobre a Azzurra.

Surgia, em grande parte, o futebol de toques rápidos do Barça com auxílio de jogadores de peso como David Silva e Xabi Alonso. A Roja lembrou-se de finalizar mais.

Xavi começava a testar a reputação de Buffon.

A Itália só conseguiu levar perigo graças a falha de Sergio Ramos que perderia bola para Balotelli na ponta direita do ataque italiano. O siciliano teve verdadeiro corredor em direção ao gol para fazer, mas demorou demais para definir, permitindo a Sergio Ramos recuperar-se e roubar a bola de volta para a Espanha.

Seria a última participação do temperamental jogador do Manchester City, substituído preventivamente por Prandelli, antes que levasse cartão vermelho e comprometesse o jogo para seu time.

Quando os espanhóis já dominavam claramente a partida, Andrea Pirlo faz bela jogada e lança o atacante substituto Antonio Di Natale para concluir. Itália na frente.

Alegria azzurra que duraria apenas três minutos.

Se um lado tinha Pirlo na assistência, o outro tinha David Silva. O também citizen serviu Cesc Fábregas que concluiu.

Empate justo em Gdansk.

No restante do jogo, os espanhóis dominaram as ações.

Em nova oportunidade, o recém promovido ao jogo, Fernando Torres, teve oportunidade ao livrar-se de linha de impedimento italiana e tentar concluir, forçando Buffon a sair do gol e ganhar disputa com os pés.

No final, empate com sabor de alívio para a Itália e frustração para a Espanha, flagrantemente melhor em todo o 2º tempo.

 

IRLANDA 1×3 CROÁCIA

Poznan, Polônia

Em jogo equilibrado, a Croácia obtém importante vitória sobre a Irlanda que lhe dá a liderança parcial do grupo C.

 

Mario Mandzukic comemora e Giovanni Trapattoni reclama

Gols croatas em momentos pontuais e decisivos, além de defesa claudicante do time de Giovanni Trapattoni foram cruciais para a definição do resultado que colocam pressão sobre os favoritos espanhóis e italianos.

Se Trapattoni havia algum plano de jogo especial para enfrentar os croatas, tudo foi por água abaixo logo aos 3 minutos de jogo quando o atacante Mario Mandzukic abriu o placar em Poznan.

Os irlandeses até que reagiram bem ao empatar a partida aos 19 minutos com gol de Sean St. Ledger.

E “a sorte do irlandês” estava reinstaurada.

De fato, tudo caminhava bem até o final do 1º tempo. Mas, em sobra de bola, Nikica Jelavic, desmarcado, marca o segundo da Croácia.

Mais um gol sofrido pela Irlanda em momento chave da partida. Lá iam os irlandeses para começar do nada na 2ª etapa.

O problema é que, dessa vez, a sorte irlandesa não daria as caras na Polônia.

As oportunidades aconteceriam, porém, mal recomeçando o trabalho de reconstrução do time verde, veio o golpe de misericórdia dos croatas. E mais uma vez com Mandzukic após serviço de Ivan Perisic. Croácia 3×1 e água mais que gelada na cabeça dos irlandeses.

A torcida irlandesa reclamaria ainda de penalidade não anotada em cima de Gordon Schildenfeld.

Do outro lado, os croatas começaram a fazer o tempo passar de forma inteligente.

Vitória croata e liderança do grupo C.

POR QUE SEMPRE EU?

Mario Balotelli: Why always me?

Ao fazer o gol inaugural do placar histórico de 6×1 conquistado pelo Manchester City contra o Manchester United no derby da cidade, o italiano Mario Balotelli ergueu seu uniforme para mostrar os dizeres “Why always me?” estampados na camiseta por baixo.

 Por que sempre você, caro Mario Balotelli?

 Balotelli sempre teve seu nome envolvido em polêmica.

 Nascido em Palermo, Sicília, este italiano de ascendência ganesa logo ganhou destaque e foi parar na Internazionale.

 E foi na Inter que os desentendimentos de Super Mario começaram a aparecer de forma diretamente proporcional ao seu futebol. Mais exatamente, o imbróglio com o técnico José Mourinho quando o português o acusou de falta de empenho nos treinamentos, já que não era muito aproveitado como titular.

 Só que a torcida o amava.

 Nas semifinais da UEFA Champions League em 2010 contra o Barcelona, outra travessura. Super Mario jogaria a camisa do clube no gramado após vitória por 3×1 em casa.

 

Balotelli e seu carinho pela camisa rubro-negra do Milan quando jogava pela Internazionale. Pode?

No histórico do siciliano ainda consta a aparição pública com a camiseta do arquirrival Milan em forma de protesto e provocação pela sua má utilização na equipe.

 Ainda em 2010, Roberto Mancini o recruta para o novo endinheirado do pedaço: o Manchester City.

 E lá está ele. Super Mario aprontou das suas novamente em fim de semana dos mais agitados.

 Após ter colocado fogo em sua casa graças a festival pirotécnico à base de fogos de artifício, o craque, ainda insatisfeito, pôs fogo no clássico de Manchester, no melhor dos sentidos.

 A história era aquela, o novo rico City havia crescido e aparecido, sem dúvida, mas faltava camisa na hora de encarar o rival United.

 Pior para a torcida que tinha que encarar a gozação “red devil”, a retórica de Alex Ferguson nas coletivas e o descrédito geral da crônica esportiva.

 Pior para Mancini que tinha que aguentar as crescentes desconfianças. Afinal, muita grana para armar um time competitivo e, na hora de mostrar que virou gente grande, aquela velha história do amadurecimento, os azuis negavam fogo.

 Super Mario foi o grande protagonista da redenção.

 O gol, com chute colocado no canto esquerdo de David de Gea, abriu o placar em Old Trafford.

 O United tinha problemas defensivos e, de quebra, Ferguson optou por formação inicial sem Javier “Chicharito” Hernandez ao lado de Wayne Rooney. Só que Danny Welbeck ao lado de “Shrek” com a aproximação do meio de campo através de Ashley Young ou Anderson não surtia efeito.

 Final de 1º tempo com 1×0 e silêncio na maior parte do Old Trafford.

 O “incendiário” Balotelli conseguiria nova proeza logo nos primeiros movimentos da etapa final. Sofreu falta frontal à entrada da área provocando a expulsão de Jonny Evans.

 A próxima cartada siciliana viria aos 15 minutos. Cruzamento de James Milner após grande jogada de David Silva e Balotelli faria o segundo gol.

 O terceiro gol viria com os pés de Sergio Kun Aguero.

 Assim, o United estava plenamente dominado em seus domínios. Restaria apenas o gol de honra, pelo menos.

 O City, com ótimas atuações de David Silva e James Milner, tocava a bola com segurança.

 Darren Fletcher diminuiria aos 36 minutos fazendo belo gol e dando alguma esperança à torcida local.

 Quando tudo parecia definido no placar, nova onda de gols surgiria no final. Edin Dzeko duas vezes e David Silva transformaria o clássico em goleada histórica para o City.

 Momento Ideal para a utilização do velho chavão: “lavar a alma”. Foi exatamente a conquista do City no derby.

 Mas a vitória trouxe ainda bônus importantes. Liderança isolada, cinco pontos de vantagem para o City contra o rival (25 pontos contra 20) e a consagração de novo ídolo, Mario Balotelli, que está fazendo os fãs esquecerem outro ídolo problemático, Carlos Tevez.

 Por que sempre você, Mario Balotelli?

 E não foi só de derby de Manchester que viveu a Premier League.

 Em Londres, o Chelsea visitou o modesto Queens Park Rangers e se deu mal.

 Expulsões de José Bosingwa e Didier Drogba e derrota por 1×0. O Chelsea permanece em 3º com 19 pontos.

 Quem subiu na tabela foi o Newcastle. Tudo graças à vitória conquistada frente ao Wigan por 1×0 no seu St. James’ Park. São 19 pontos para o time e cola total no Chelsea.

 

Robin Van Persie. Dois gols contra o Stoke City.

A rodada também foi boa para o Arsenal na sua luta pela reconstrução. O Emirates Stadium recebeu 60 mil pessoas para ver os “gunners” fazerem 3×1 no Stoke City com dois gols de Robin Van Persie, além de grande atuação de Aaron Ramsey e Gervinho. Agora o time de Arsene Wenger tem 13 pontos e ocupa o 7º lugar.

 Na próxima rodada será a vez de Londres celebrar seu derby. O Chelsea recebe o Arsenal.

 E já que o City é de Manchester e a cidade é fértil em revelar ao mundo grandes bandas de rock, nada como terminar como o hit inaugural do Oasis dos irmãos Noel e Liam Gallagher, ilustres torcedores do time. Lá vai a sugestiva “Supersonic” do álbum “Definitely maybe” de 1994, saudando os supersônicos Manchester City e Mario Balotelli.

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