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UM CLUBE QUE NASCEU, DE FATO, PARA SER CAMPEÃO!

Dois dias passados do tão aguardado e comemorado título alviverde, de todos os clichês decantados e textões cheios de evidências de merecimento pululando aqui e acolá, não obstante ao fato de que os excessos da comemoração tenham me impedido raciocinar devidamente na manhã seguinte, sinto que esteja em dívida com o verde e comigo mesmo.

Para tentar não mergulhar em mais do mesmo, resolvi que é hora de falar da missão que era plenamente possível. Plenamente possível, que era a conquista que acabou se consolidando. E por mais que grande parte da mídia ~especializada~ já desse o título santista como certo e que uma parte dos torcedores tenham embarcado nessa, bastava terem feito um rápido exercício de análise do ano alviverde para se entender o quão erradas eram essas precipitadas e alarmistas análises para o lado verde da história.

Por mais que no BR15 a campanha tenha sido aquém das possibilidades, este time, primeiramente com Osvaldo de Oliveira e depois com Marcelo Oliveira, mostrou-se, desde o início do ano, passando pelas boas e não tão boas fases ao longo da temporada, um time cascudo e incrivelmente competente em grandes jogos. O próprio Peixe, que fora dos grandes rivais do estado o que mais complicou a vida alviverde no ano, não tinha assim tantos motivos para crer em duelos fáceis nesta final de Copa do Brasil.

E assim foi, impondo-se como grande que é, como cascudo que voltou a ser e fazendo-se valer de seu histórico de copeiro e de maior campeão nacional, aproveitando-se também do surgimento de personagens que já escreveram seus nomes na história do clube, como Dudu e, sobretudo, Fernando Prass, que o Palmeiras levou a taça com todos os méritos e glórias

Sua terceira Copa do Brasil. Seu décimo segundo título nacional. Sim, são 12. Por mais que a mídia ~especializada~ tente camuflar e sequer menciona a Copa do Campeões de 2000, este foi, também, um título nacional. 12 taças, portanto. Duas a mais que o segundo colocado, o próprio Santos.

Endossando seu papel de maior no âmbito brasileiro, validando mais uma vez seu histórico. Um clube que nasceu, de fato, para ser campeão!

Palmeiras x Santos

UMA FINAL DE REDENÇÃO

Especulações à parte, a real é que o Santos vai para o jogo decisivo da Copa do Brasil com a vantagem de qualquer empate. Ao Palmeiras cabe vencer pelo placar mínimo e, mais uma vez, decidir nas penalidades, onde Fernando Prass costuma ter 5 metros de largura diante dos rivais, mas que já sucumbiu diante do mesmo Santos em penalidades no Campeonato Paulista, ou vencer com diferença a partir de dois gols para comemorar o tricampeonato de forma menos penosa.

Se na Vila Belmiro o Peixe anda imbatível, fora de casa o Santos não repete nem de perto o mesmo rendimento. No BR15 foi apenas um êxito fora de seus domínios. O grande momento técnico do time de Dorival Jr também já passou, por outro lado, o momento técnico do Palmeiras não é bom há muito tempo. Ainda assim, nos confrontos entre Palmeiras e Santos ao longo de 2015, cada um venceu seus jogos em seus domínios pelo placar mínimo, o que se for repetido na próxima quarta levará a decisão para os pênaltis.

Tudo continua tremendamente aberto, ainda que o Santos pudesse ter saído com uma das mãos na Taça quando Nilson perdeu o gol mais feito do ano aos 50 minutos do 2º tempo. Quando Gabigol desperdiçou penalidade sofrida por Ricardo Oliveira e o mesmo Gabigol perdeu gol feito diante de Fernando Prass. Entretanto, o mesmo Gabigol deu a vantagem considerável que o Peixe leva para a finalíssima, anotando um golaço aos 35 do 2º tempo, redimindo-se dos erros anteriores.

Redenção passa a ser a palavra de ordem no Palmeiras. Um time do qual se esperava melhor nível técnico e tático a essa altura do ano, mas que promove ao seu torcedor um ano muito menos dramático que a temporada anterior e que, aos trancos e barrancos, pode beliscar um título gigantesco e abrilhantar um ano de, como já disse, “redenção”. Como para o Santos, que saiu de postulante ao rebaixamento no início da temporada a campeão Paulista e pode fechar o ano como campeão da Copa do Brasil. Tudo isso é superação, tudo é redenção.

Poderia o Alviverde ter saído com um placar bem mais favorável na primeira partida da final, já que Jackson perdeu gol feito nos primeiros minutos de jogo, o que fatalmente mudaria o layout tático da peleja. Poderia também, desde que o árbitro tivesse seguido o mesmo critério de quando marcou a penalidade santista, ter a chance de abrir o placar em penalidade não dada em Barrios. E no caso de penalidade assinalada, David Braz teria sido expulso e o Peixe seguiria o resto do embate com um jogador a menos e com o revés no placar, desde que o pênalti conferido.

O ano de ambos, os jogos entre ambos e os detalhes supracitados mostram algo que enalteci ontem em minhas redes (anti) sociais: Só perde uma final quem chegou a ela. Não existe sorte, existe competência. Não existe apenas gol perdido, existe defesa feita. Existem papéis sendo desempenhados, alguns com mais ou menos eficácia.

Quarta que vem é no Allianz Parque, com 40 mil palmeirenses pressionando do lado de dentro e outros milhares do lado de fora. Milhões de alviverdes e alvinegros pelo país e pelo mundo afora.

Tudo está aberto, todas as possibilidades seguem válidas. Invalidando o discurso do demérito ou da derrota da véspera.

palmeiras X santos