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VISITANTES CONFIRMAM FAVORITISMO

Os anfitriões Arsenal e Milan até que tentaram, mas sucumbiram em seus erros e limitações frente a Bayern e Atlético Madrid, respectivamente, no segundo dia de disputa dos jogos de ida das oitavas de final da UEFA Champions League. Se em Milão ainda houve algum reconhecimento pelo esforço milanista, em Londres, o alemão Mesut Özil foi eleito o grande vilão da noite.

 

 

acm 0-1 camAC Milan 0x1 Club Atlético de Madrid

Milão, Itália

 

Mais uma vez o Atlético Madrid de Diego Simeone mostrou eficiência e força e obteve grande resultado em Milão frente ao local Milan que permanece repleto de dificuldades na atual temporada.

Até que o time rossonero esforçou-se para superar as limitações técnicas. Aos 15 minutos, Ricardo Kaká acertou a trave do goleiro belga Thibaut Courtois e, logo em seguida, Andrea Poli perdeu grande oportunidade. Kaká perderia nova chance e Mario Balotelli concluiria para longe da meta a última oportunidade milanista da etapa inicial.

acm 0-1 cam 2Para o 2º tempo, o técnico Diego Simeone teve o mérito de renovar a confiança do Atleti e, ainda que o reinício melhor dos anfitriões, aos poucos, começou a controlar as ações.

Diego Costa mostraria o motivo da grande temporada pessoal ao tentar jogada acrobática conclusiva para fora do gol.

No quarto final do jogo, o controle já era espanhol e, em cobrança de escanteio, Ignazio Abate desviaria a bola de cabeça para a área que caiu na direção do bem colocado e desmarcado Diego Costa para concluir também de cabeça, sem chance para Christian Abbiati.

Ao final, o Milan teve chance única de empate com chute poderoso de Adil Rami que passou rasteiro e próximo à trave.

Vitória do eficiente Atlético Madrid de Diego Simeone que foi definido na Itália como “Rei do Oportunismo”. Poucas chances restam ao limitado Milan, apesar do otimismo de Clarence Seedorf.

Apesar do bom futebol, sobretudo na etapa inicial, parece ficar evidente que o problema do Milan não era o treinador Massimiliano Allegri.

 

Arsenal FC 0x2 FC Bayern

Londres, Inglaterra

 

Partida repleta de emoções no Emirates Stadium de Londres com duas penalidades não convertidas, porém decisivas para os rumos do placar.

afc 0-2 fcbJack Wilshere lançou Mesut Özil que foi derrubado pelo companheiro de Seleção Alemã, Jerome Boateng. O próprio Özil cobrou e Manuel Neuer defendeu sem grande esforço. Cobrança ruim do alemão do Arsenal que serviu para elevar o tom das críticas em relação a seu desempenho e condições técnicas e físicas na equipe inglesa.

Mais adiante, outra penalidade, agora cometida pelo goleiro polonês Wojciech Szczesny sobre Arjen Robben. Lance que fez com que o árbitro italiano Nicola Rizzoli expulsasse o arqueiro Gunner, tornando a partida quase invencível para os anfitriões com dez homens em campo. David Alaba perderia a oportunidade de converter.

afc 0-2 fcb 3Na 2ª etapa, o Arsenal apenas viu os comandados de Josep Guardiola tocarem a bola e tramarem as ações.

Tamanha posse de bola transformou-se em gol aos 53 minutos com potente e preciso chute de Toni Kroos.

Ao final, os atuais campeões europeus e mundiais tornariam a situação do Arsenal ainda pior com gol de Thomas Muller aos 87 minutos.

Tal foi o êxito bávaro que Guardiola deu-se ao luxo de manter importantes jogadores como Bastian Schweinsteiger no banco de reservas.

Já no pós-jogo, o técnico do Arsenal, Arsene Wenger, afirmaria que a arbitragem “matou o jogo”, referindo-se à expulsão de Szczesny. Contudo, Wenger também teve que dar explicações sobre a escalação do jovem atacante francês Yaya Sanogo (22 anos) ao lado de Alex Oxlade-Chamberlain em detrimento do mais experiente Olivier Giroud. De fato, Sanogo teve atuação apagada e as críticas em Londres também foram direcionadas à decisão do comando técnico.

Agora os Gunners agarram-se à vitória por 0x2 obtida em Munique na edição passada da UCL como forma de manter acesa a chama da esperança de classificação às quartas de final, porém a questão é saber se o Bayern concederá novamente tal brecha para tão grande desespero de causa.

QUANDO A IDADE NÃO É PROBLEMA

Com as saídas rumo a Europa de Neymar e Lucas, imaginava-se que o posto de protagonista do esporte no país ficaria vago. Entretanto, alguns “vovôs da bola” roubaram a cena. Alex (35), Seedorf (37), Zé Roberto (38) e, agora, Juninho Pernambucano (38) provam ainda reunir condições de atuar em alto nível e, hoje, são destaques de suas equipes no atual, e equilibrado, BR13.

Mesmo após passar da casa do 30, todos sempre prezaram pela manutenção de um bom condicionamento físico. Ambos parecem meninos na aparência conservada, tamanha a desenvoltura e classe demonstradas dentro de campo. A recompensa, talvez, esteja na sorte de nunca terem sofrido com uma grave lesão.

Devido aos longos e vitoriosos anos atuando em grandes centros do futebol europeu, todos desenvolveram muito bem suas habilidades como jogador. Tanto tecnicamente, quanto taticamente. Éticos, bem articulados e convictos de suas representatividades no mundo futebolístico, mantém-se alheios à polêmicas, deixando sempre uma ótima imagem ao grande público.

Craques com a bola nos pés, e sem ela, líderes natos, por onde passaram, sempre exerceram o papel de capitão de suas respectivas equipes. Ídolo do Coritiba, líder invicto do campeonato, Alex, levantou inúmeros troféus com a braçadeira do Fenerbahçe, deixando o time ano passado, com direito a uma homenagem em forma de estátua, na entrada da sede do clube. Na mesma linha, Clarence Seedorf, o holandês mais brasileiro do mundo, fez história com o manto de Ajax, Milan, Inter de Milão, Real Madrid e, agora, escreve outro brilhante capítulo em sua carreira vitoriosa com a consagrada camisa alvinegra do Botafogo. Campeoníssimo na Alemanha, Zé Roberto, atualmente comandante da meia-cancha do Grêmio, mostra a mesma habilidade dos tempos áureos de Portuguesa, Bayern de Munique, Bayer Leverkusen e Hamburgo. Por último, Juninho Pernambucano. O ‘Reizinho de São Januário’ retornou pela terceira vez ao Vasco, seu grande amor, no último fim de semana. Trajando a camisa 10 cruz-maltina, o craque reestreou sendo peça fundamental na vitória do Gigante da Colina no clássico diante do Fluminense, no “New Maracanã”.

Ainda no Brasileirão-13, temos exemplos de atletas que são praticamente eternos. Como é o caso de Paulo Baier, do Atlético-PR, atualmente com 38 anos. Na mesma linha, tudo leva a crer que o ídolo máximo do São Paulo Futebol Clube, Rogério Ceni, hoje com 40, pendure suas luvas ao final desta temporada. Ainda mais pelo atual momento da equipe paulista, que vive crise sem fim. E o que dizer do “imparável” arqueiro esmeraldino Harlei? Com 41 primaveras e mais de 800 jogos com a camisa do Alviverde Goiano, o baixinho da camisa 1 prova a cada jogo e treino que ainda tem muita lenha para queimar.
Duas vezes melhor do mundo, com seus 33 anos, Ronaldinho Gaúcho, principal jogador do Atlético-MG, demonstra a cada passe, gol ou vitória, se sentir um novato no elenco do Galo – atual finalista da Libertadores e um dos favoritos ao título do certame nacional.

Paulo Baier, Ronaldinho, Rogério Ceni e Harlei - craques perto dos quarenta e outros que já passaram (Foto: Stéfano Bruno - Jornalismo FC)
Paulo Baier, Ronaldinho, Rogério Ceni e Harlei – craques perto dos quarenta e outros que já passaram (Foto: Stéfano Bruno – Jornalismo FC)

Fato é que nos tempos modernos de um futebol cada vez mais competitivo, a idade, se acompanhada de alguns cuidados básicos, prova não ser problema, mas solução. Aos jovens atletas de hoje, que sigam os exemplos dos ídolos do futebol de ontem. Não, pera…de hoje também.

Perto dos 40, Zé Roberto, Juninho, Alex e Seedorf conseguem jogar em alto nível.

Perto dos 40, Zé Roberto, Juninho, Alex e Seedorf ainda conseguem jogar em alto nível (Foto: Felipe Oliveira – Ferozes FC)

 

CLARENCE SEEDORF ME REPRESENTA

O torcedor brasileiro aprendeu a desdenhar dos campeonatos regionais. Sobretudo as novas gerações que já nasceram em uma época onde a Taça Libertadores é o céu e o regional a escória.

Em termos práticos o referencial é esse mesmo. Mas termos práticos são aplicados facilmente ao cotidiano, nem tanto ao futebol.

A geração anterior, talvez a qual eu pertença, cresceu em um tempo onde os regionais viveram talvez sua última grande fase, com times sendo montados para a sua disputa, com estádios lotados, rivalidades acirradas.

Não escondo de ninguém que a minha mais emblemática e apaixonante lembrança dentro do futebol se deu em um Campeonato Paulista, aquele de 1993.

Os tempos são outros, as perspectivas e expectativas mudaram, o torcedor mudou e em grande parte a boleirada também está diferente – em grande parte e infelizmente para pior.

Tenho para mim que time de futebol existe para vencer. Não necessariamente deva vencer, já que essa é a premissa válida para o oponente. Mas uma vez no certame, a obrigação é lutar pela vitória. E a grandeza dessa vitória se dá muitas vezes mais pelo tocante de momento do que pelo peso da competição.

Foi o que disse ontem o meia D´Alessandro, do Internacional, ao final do jogo em que o seu colorado sagrou-se campeão Gaucho. Lembrando da obrigatoriedade que todo profissional da bola deve ter ao entrar em campo defendendo as cores do clube que o abriga.

Foi o que disse, emocionado e segurando o choro, o técnico Osvaldo de Oliveira, comparado o título de seu Botafogo aos outros de sua carreira, muitos deles maiores que essa conquista, mas não menos especiais, pelo simples fato de ter sido ele educado na vida de futebolista através do campeonato carioca dos anos 1950 em diante.

Mas nenhum testemunho joga mais por terra o argumento dos que desdenham da vitória regional do que as palavras ditas por um cara que venceu “somente” quatro Uefa Champions League, sendo o único a realizar o feito por três clubes diferentes. Três instituições do planeta bola como o Ajax, o Real Madrid e o Milan. Desfilando seu talento pelos melhores e mais emblemáticos estádios do mundo, com histórico invejável em sua seleção e já sendo parte do hall dos grandes da história.

Se Clarence Seedorf aceita atuar em gramados pouco ou nada atraentes, em estádios minúsculos, para públicos muitas vezes irrisórios. Se o holandês que fala um português melhor que o de muito boleiro brazuca, chora e valoriza o seu primeiro titulo pelo Fogão, ainda que seja o “carioquinha”, que moral temos nós para desmoralizar este feito?

O máximo que nós podemos fazer é pedir melhorias estruturais, organizacionais e uma adequação ao atual calendário. Desqualificar o título, jamais.

Futebol é muito mais do que a ostentação da taça de ocasião. É a ostentação da simples existência daquelas cores que te representam e que mediante a atuação de sujeitos como Seedorf, as dignificam e as fazem lhe saltar os olhos, lhe saltar da alma.

“É mais uma grande emoção na minha vida profissional. Dedico o título à minha família. Estou muito emocionado e cada título que eu conquistei até hoje tem algo diferente, cada um é sentido de uma forma” – Seedorf, Clarence.

Clarence Seedorf me representa.

ESPETÁCULO EM MILÃO E BARCELONA GARANTE 1º LUGAR

 

Messi e Ibra se cumprimentam após o final

Não foi uma ópera no legendário Teatro La Scala da capital lombarda. Foi sim um confronto de gigantes no Estádio San Siro da mesma Milão.

Em partida em que os campeões italianos do AC Milan ousaram jogar de fato, o FC Barcelona venceu por 3×2 na 5ª rodada da UEFA Champions League e, de quebra, garantiu a liderança definitiva do grupo H na fase de grupos do torneio europeu.

No Milan, a grande dúvida de Massimiliano Allegri era Robinho ou Alexandre Pato no ataque ao lado de Zlatan Ibrahimovic. Robinho iniciou a partida.

No Barcelona, a surpresa na escalação de Josep Guardiola era a ausência do Sr. Shakira, Gerard Piqué, cedendo lugar a Eric Abidal na defesa. O grande Andrés Iniesta era desfalque.

E a partida começou com a “blitz” do adversário do Barça. Nada de novo nos jogos do campeão europeu. Tudo sempre acaba quando os catalães põem a bola no chão e começam seu espetacular trabalho.

Contudo, havia algo de diferente na noite desta quarta-feira em Milão.

Sim, é verdade que o Barça, ao obter a posse de bola, fazia o jogo fluir com maestria, mas o Milan manteria sua relativa pressão, principalmente no 1º tempo.

O gol inicial surgiu aos 14 minutos quando Lionel Messi, caindo pela direita, achou e lançou Seydou Keita na esquerda que, livre, cruzou rasteiro visando Xavi. Mark Van Bommel, na marcação, fez contra. Barcelona na frente.

Robinho teve tudo para empatar aos 19 minutos ao desperdiçar chute na cara do gol após jogada de Ibrahimovic. Robinho sempre perdendo gols na equipe milanista, apesar de ter adquirido status de importante jogador de equipe.

Aos 20 minutos, o empate dos anfitriões. Belíssimo passe de Clarence Seedorf para Ibrahimovic que colocou rasteiro na saída de Víctor Valdez.

O Milan fazia grande partida, mas enfrentar o melhor time do mundo requer atenção em tempo integral.

Aos 23 minutos, Messi perdeu chance incrível a exemplo de Robinho.

O segundo gol catalão surgiu em penalidade duvidosa de Alberto Aquilani sobre Xavi após lançamento de Messi.

 

Messi para fazer o segundo gol do Barça

O supercraque argentino bateu com paradinha. Lance invalidado pelo árbitro alemão Wolfgang Stark. Na sequência, batida perfeita no canto esquerdo de Christian Abbiati. Barça na frente mais uma vez.

Neste momento, o Barcelona ensaiou dominar a partida em definitivo ao exibir toda sua técnica de passes rápidos e precisos.

Mas, com certa surpresa, o Milan voltou à carga e pressionou nos minutos finais da etapa inicial. Primeiro tempo excelente no San Siro.

Na 2ª etapa, Allegri coloca Alexandre Pato no lugar de Robinho. Perder gols clamorosos custa caro à reputação de qualquer jogador. Com Pato, o técnico “rossonero” apelava ao grande histórico do brasileiro contra a dupla Barça-Madrid na Champions.

Mas não bem isso que ocorreu. Pato seria figura apagada.

Se o Milan mostrou determinação e força na etapa inicial, na retomada do jogo o afinco não foi o mesmo. E nem poderia. Afinal, manter a concentração por rigorosos 90 minutos, além do esforço físico decorrente da marcação forte que deve ser imposta, não é tarefa fácil.

Ainda assim, o Milan conseguiu se nivelar ao adversário novamente aos 9 minutos, quando Kevin Prince Boateng fez grande jogada pela direita sobre Eric Abidal e bateu cruzado no canto esquerdo de Valdez. Novo empate e delírio no San Siro.

Repetições textuais à parte, o adversário era o melhor time do mundo. Funciona assim: a equipe aspirante a fazer frente faz esforço hercúleo para conseguir equiparar-se e tudo vai para o espaço em jogada que não passa de trivial para quem carrega com justiça a reputação de melhor.

Foi o que ocorreu aos 20 minutos. Cesc Fábregas e Messi tramaram jogada perfeita, o argentino faz passe em profundidade com precisão para Xavi marcar. Outra pintura de gol na partida.

Em seguida, esperava-se nova reação milanista que não aconteceu. Somente um par de chances para cada lado com o Milan apelando para faltas mais ríspidas e o Barça, respeitando os italianos, também parando algumas tentativas de armação de jogadas com faltas.

Ao final, vitória do Barça por 3×2 em grande espetáculo que valeu a pena, seja pelo comportamento ousado do Milan (ousadia que fez com que a porcentagem de posse de bola do Barça caísse da estratosférica média de 70% para 60%), seja pela genialidade de Lionel Messi.

Com o resultado, a equipe de Guardiola assegurou o 1º lugar do grupo H com 13 pontos. Posição que trará, pelo menos em teoria, um caminho menos tortuoso a partir das oitavas-de-final da UCL para os defensores do título continental. Guardiola poderá também poupar o time na próxima rodada para o superclássico contra o Real Madrid pelo campeonato espanhol.

Para o Milan fica o gosto amargo da derrota, apesar do esforço. Contudo, a classificação na 2ª posição com 8 pontos está garantida e traz alento pela competitividade apresentada pela equipe.

Cumprindo tabela, o Viktoria Plzen derrotou o BATE Borisov em Minsk, Bielorrússia, por 1×0 e somou 4 pontos. O BATE permanece nos 2 pontos.

Virada do Bayer Leverkusen sobre o Chelsea

Em rodada de confrontos entre clubes alemães e ingleses, o Bayer Leverkusen recebeu o Chelsea pelo grupo E.

O Chelsea teve as melhores chances de gol por todo o 1º tempo sem sucesso de anotar. Didier Drogba era o melhor em campo.

Na 2ª etapa, sem nenhum lado demonstrando superioridade, o Chelsea continuou a criar as melhores chances de gol até os 3 minutos com o gol inaugural de Drogba.

O empate dos alemães viria somente aos 28 minutos com Eren Derdiyok.

Quando o resultado final caminhava mesmo para o empate, Manuel Friedrich desempatou nos acréscimos.

Castigo para a equipe de André Villas Boas que terá que vencer o Valencia em Londres na última rodada, uma vez que os espanhóis trataram de fazer gols em casa contra o fraco Genk da Bélgica. O placar de 7×0 deu a vantagem do empate para a equipe do artilheiro Roberto Soldado que marcou 3 gols. Valencia e Chelsea estão com 8 pontos.

O Leverkusen lidera com 9 pontos e, na outra ponta, está o Genk com 2.

 

Robin van Persie não passa em branco

Mais um grande resultado para o Arsenal. Vitória por 2×1 sobre o Borussia Dortmund no Emirates Stadium de Londres.

Vitória que selou a liderança do Arsenal no grupo F com 11 pontos. Vitória que selou a condição de grande ídolo do clube para Robin Van Persie que marcou ambos os gols dos “Gunners”.

O japonês Shinji Kagawa reduziu para os campeões alemães nos acréscimos.

Nada mal para quem começou desastrosamente a temporada. O leitor há de se lembrar dos 8×2 sofridos contra o Manchester United pela Premier League. Pois bem, agora é recuperação em campo doméstico e classificação em 1º lugar em seu grupo da Champions, enquanto os co-irmãos ingleses sofrem na competição.

Quem decepcionou foi o Olympique Marseille. Os franceses receberam os gregos do Olympiakos e perderam por 1×0, embolando o grupo.

Com a derrota, o Olympique fica nos mesmos 7 pontos, mas com a cola incômoda do Olympiakos que somou 6. O Borussia Dortmund é decepção. Está em último com 4 pontos.

Na rodada final, o Olympiakos recebe o classificado Arsenal e o Borussia Dortmund, quase eliminado, recebe o Olympique Marseille. Rodada que promete emoções na disputa pela vaga restante.

E eis que chegamos ao famoso grupo G, aquele que tem cara de Europa League. E eis que o atípico grupo da Champions está emboladíssimo entre três dos quatro participantes.

Hulk faz o seu Porto ter esperanças

Em São Petersburgo, o Zenit ficou no 0x0 com o APOEL do Chipre. Com o resultado, o APOEL soma 9 pontos e torna-se a primeira equipe do país a avançar para as oitavas-de-final da UCL.

Já em Donets’k, o Shakhtar fracassou e não conseguiu repetir a boa campanha da edição anterior da Champions. Derrota de 2×0 para o FC Porto e as esperanças de classificação para o time português permanecem.

O Zenit está em 2º lugar com 8 pontos e o Porto tem 7. Na próxima rodada, Porto e Zenit disputam a vaga restante do grupo em confronto direto em Portugal. O APOEL recebe o Shakhtar.

A rodada derradeira desta fase de grupos da UCL acontece nos dias 6 e 7 de dezembro.

EMPATE À ITALIANA NO CAMP NOU

Alexandre Pato abriu o placar a 24 segundos. Lionel Messi lamenta.

Em partida com amplo domínio de posse de bola do Barcelona, o Milan consegue empate com gols nos extremos do cronômetro.

 Mal havia começado o clássico europeu válido pela fase de grupos da UEFA Champions League e, logo aos 24 segundos de jogo, Alexandre Pato puxa contra-ataque mortal e bate rasteiro para abrir o placar em Barcelona.

 É o sonho de consumo de toda a equipe italiana que se preze. Gol logo no início, armar o clássico ferrolho, jogar defensivamente e viver de contra-ataques.

 Somente o item “viver de contra-ataques” não foi executado dentro do roteiro projetado por Massimiliano Allegri.

 

Andres Iniesta saiu contundido

Já o Barcelona enfrentava situação vivida anteriormente contra outros adversários qualificados. O oponente começa o jogo com ímpeto e, nos 10 primeiros minutos, parece dar pinta de que vai ser osso duro de roer (vide jogos contra Manchester United na final da UCL em maio ou Real Madrid). Isso dura até o momento em que o Barça consegue pôr a bola no chão e organizar a primeira trama ao seu estilo com passes rápidos, precisos, movimentação e ultrapassagens, além da magia de Lionel Messi logicamente.

 E foi logo o que o Barcelona tratou de fazer.

 O Milan bem que tentou armar contra-ataques. Clarence Seedorf mostrava sua habilidade, Alexandre Pato tentou umas duas graças no ataque, mas ficou nisso. Antonio Cassano estava inoperante, aos poucos os italianos deixaram de acertar uma sequência razoável de passes.

 Equipes de nível deixam de jogar com medo do Barça. Era só Barcelona no massacre contra a brava defesa milanista.

 Mas ninguém resiste a isso. O gol era questão de tempo.

 Até que Messi faz das suas pela esquerda. Ignazio Abate tenta fazer a proteção, mas o argentino é mais veloz e efetua o cruzamento. Gianluca Zambrotta falha ao não acompanhar Pedro que empurra para empatar.

 No 2º tempo, a pressão catalã começou no mesmo ritmo.

 Se estava difícil penetrar a área milanista que tal aproveitar algum lance de bola parada próximo da área? O Milan os concedia a rodo ao apelar para faltas naquela região do campo.

 David Villa aproveitou uma delas logo aos 5 minutos. Bateu com maestria e fez 2 a 1.

 Depois da virada o Milan partiria para o ataque? Ledo engano. A postura do time de Allegri era exatamente a mesma. Perder de pouco parecia estar bom para os rubro-negos.

 Pensamento geral naquele momento: porteira aberta para goleada do Barça. Ledo engano novamente.

 Eis que o Barcelona diminui o ritmo. Bem, em se tratando de Barça, diminuir o ritmo é bem relativo. O domínio de posse de bola manteve-se nos estratosféricos 70%, as jogadas continuavam a sair. Mas a volúpia não era a mesma. Motivos? Início de temporada? Time ainda desfalcado? Pode ser.

 Allegri resolve acabar com o isolamento de Pato promovendo a entrada de Urby Emanuelson.

 Fato é que no último lance da partida Seedorf bate escanteio e Thiago Silva cabeceia certeiro no gol. E Sergio Busquets escalado como zagueiro central foi criticado pela torcida, assim como Josep Guardiola.

 O Milan inesperadamente conseguira seu objetivo: empate por 2 a 2 no Camp Nou.

 O Barcelona se esqueceu do jogo à italiana do Milan de Massimiliano Allegri: defender-se de todas as formas e “achar” o resultado. Além de deixar escapar a vitória, os catalães terão que conviver com dois empates em sequência, dois resultados idênticos (empate do final de semana contra a Real Sociedad pelo campeonato espanhol). Algo inusitado para a equipe de Guardiola. Durma com esse barulho!

 

Duelo Alemanha vs. Inglaterra na rodada como em Borussia Dotmund e Arsenal.

Na outra partida do grupo H, o Viktoria Plzen recebeu em Praga a equipe do BATE Borisov da Bielorrússia e empataram em 1 a 1. Água no chopp do Plzen.

 Pelo grupo E, O Genk empatou em casa com o Valência (0x0). Já o Chelsea recebeu o Bayer Leverkusen e venceu por 2 a 0 com gols de David Luiz e Juan Mata.

 Ainda pelos confrontos Alemanha versus Inglaterra, o Borussia Dortmund recebeu o Arsenal pelo grupo F. Robbie Van Persie abriu para os gunners. No 2º tempo, Ivan Perisic, que havia entrado, marcou este golaço de voleio. Confira a seguir.

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 Fechando o grupo F, o Olympique Marseille foi à combalida Grécia e derrotou o Olympiakos por 1 a 0.

 Para encerrar o dia de jogos, no grupo G, o Porto venceu de virada o Shakhtar Donetsk por 2 a 1 no Estádio do Dragão. Para a sorte de Hulk que perdera pênalti, mas contribuiria com a virada marcando um dos gols. O APOEL do Chipre derrotou o Zenit de São Petersburgo por 2 a 1.

 UEFA Champions League é classe e nesta quarta-feira tem mais.