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O Hexa emergiu na Arena

hexa

Tal qual o mosaico que se ergueu na Arena neste domingo, o Hexa emergiu diante do São Paulo, num inacreditável placar de 6 x 1 em um clássico em que os interesses eram muito diferentes: ao Corinthians interessava derrotar o rival, para manter a escrita e comemorar o já garantido título diante de sua torcida. Para o São Paulo, se manter no G4, o que surpreendentemente aconteceu devido aos demais resultados da rodada. Não que isso diminua o dissabor para os tricolores. Pelo contrário.
Até a metade do primeiro tempo, aliás, o Tricolor esboçava um futebol até certo ponto organizado, embora burocrático. Tudo desmoronou já no primeiro gol corintiano, de Bruno Henrique, num rebote concedido por Denis após o cabeceio de Felipe. A partir dali, o Timão comandado por Tite mostrou que pouco importava o fato de haver somente três titulares em campo: o espírito do campeão estava ali. Romero, empenhado em mostrar serviço, deixou o seu, teve mais um gol anotado, embora de fato tenha sido gol contra de Hudson, e ainda sofreu o pênalti que Cristian cobrou já em clima de festa. Antes disso, ainda houve o gol de Edu Dracena. Para acentuar ainda mais a festa corintiana, Cássio defendeu um pênalti cobrado por Allan Kardec. Ah, claro: houve também o já de praxe gol do Lucca (Coritnhians, contrate logo esse jogador em definitivo!) com passe sensacional de Danilo (esse merece uma estátua no Parque São Jorge).
O juiz encerrou o jogo aos 44:58 do segundo tempo, e aí a comemoração se deu de fato: era a hora de levantar a taça, e o presidente Roberto de Andrade, ao lado de um Ronaldo fora de contexto, se adiantou ao capitão Ralf para ser o primeiro a erguer o caneco.

Bom, meus amigos, pra ficarmos no óbvio, o que se viu neste jogo foi o resultado de dois trabalhos e momentos distintos: se é verdade que ainda há muitos problemas no Corinthians, essencialmente no que se refere aos contratos dos jogadores, no São Paulo a bagunça foi completa, e a situação política do clube se reflete no futebol. Ainda assim, é curioso observar que este foi o time que ganhou do Atlético Mineiro por 4 x 2 na rodada anterior.

Perguntado ao final do jogo, Tite não se fez de rogado e disparou: “pelo futebol jogado, somente um time poderia ser campeão”. Foi o que vimos.

Guest post: “Respeitem o Derby”, por Raphael Prado

Às vésperas de mais um dérbi, o Ferozes FC abre espaço para que o convidado Raphael Prado expresse sua opinião sobre este que é para muitos o maior clássico do futebol brasileiro, quiçá mundial. 🙂

“Respeitem o Derby”, por Raphael Prado

Logo após a derrota nos penais pela semi final do Paulistão dei uma passada rápida por uma rede social e o que mais me deixou puto não foram as brincadeiras dos rivais, até porque eles ganharam e tão na deles e com todo direito devem comemorar e brincar sim, afinal é essa a parte gostosa do futebol, aquele que venceu tirar o sarro maior rival.

O que me deixou puto foi a atitude de menosprezar o a importância do jogo, dizer que não vale nada, que é “só” um “paulistinha”. Claro que se analisar a importância por exemplo de exposição na mídia, divulgação das marcas e até mesmo prêmio em dinheiro, o campeonato paulista tem um peso menor em relação a Libertadores, até porque acho os campeonatos estaduais nos formatos atuais bem chatos, jogos inúteis, 4 meses praticamente jogados fora e que no final acaba sendo um termômetro mentiroso, pois nem sempre os finalistas fazem bonito no campeonato nacional.

O que eu tô defendendo é o Derby, o clássico mais importante do ano independente do campeonato, da circunstância ou de qualquer outra coisa. Não importa quem está melhor colocado na tabela de classificação, não importa se o trio de ataque é “Huguinho, Zézinho e Luizinho” ou “Messi, Ronaldo e Tevez”, não tem importância favoritismo ou  o estádio (ou arena) em que será o clássico.

No Derby não se poupa jogadores, não se escolhe o torneio, não se vê momento esportivo, político, financeiro e social. Há de se respeitar o Derby, sua historia, seus torcedores e seu rival.

Mesmo que os outros times grande do estado estejam num melhor momento que que nossos rivais e por conta disso brigam para serem considerados nossos rivais sou obrigado a falar que só existe um clássico possível, só há uma rivalidade possível, o resto jogo contra outros times grandes.

A imagem abaixo retrata toda tensão que o clássico provoca em mim.