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O NIVELADO BRASILEIRÃO E A EVOLUÇÃO DO SANTOS

A temporada de 2013 não consolidou a sequência de títulos do Santos e não manteve a equipe no topo. Mais do que isso, trouxe um melancólico vice campeonato Paulista frente ao maior rival e uma excursão absolutamente mal sucedida para a Espanha.

Os “8×0” repercutiram em todos os setores do clube. A turbulência política iniciada após o resultado ainda deixa suas marcas (fato que culminou em um “estratégico” afastamento de Laor) e o temor de que o time fosse sofrer ao longo do certame nacional, sendo um dos postulantes ao rebaixamento estava cada vez mais latente.

Contudo, ao contrário do que imaginavam, o Santos evoluiu e não seguiu ladeira abaixo. A safra de jovens, que diziam ter sido “queimada” após o histórico revés, não se abateu e hoje, a equipe tem se mostrado muito mais competitiva do que antes da derrota.

Ciente de suas limitações, o time mostra uma evolução tática e técnica e até mesmo na eliminação da Copa do Brasil (frente ao Grêmio) e na quebra da invencibilidade no Brasileirão para o Atlético-PR, não se comportou mal em campo.

Alguns jogadores tem se destacado – casos dos novos laterais Mena e Cicinho, dos meias Alison e Alan Santos e até os novos reforços do ataque Thiago Ribeiro e pasmen, Éverton Costa, “o centro avante que não é de fazer gols” – e o time vazado oito vezes pelo Barça, em tão pouco tempo passou a fazer frente aos melhores times do nosso futebol atualmente, atingindo o posto de 2° melhor defesa do campeonato.

Realmente, se o futebol e o elenco atual ainda não são ideais para um clube do porte do Santos, ao menos uma evolução é nítida e um 2014 melhor já pode ser vislumbrado. A mescla “juventude e experiência” tem dado certo e tem tudo para continuar assim, afinal, um time que está buscando dias melhores e é acostumado a formar bons elencos baseados em jovens promissores, pode sim acreditar em uma nova geração de meninos capaz de recolocar o clube no caminho das conquistas.

Por fim, talvez 2013 ainda nem seja realmente o ano desse time atual do Santos. Pode até ser também que a equipe apenas perambule pela zona intermediária da tabela até o fim do campeonato. Entretanto, em um campeonato tão nivelado e com times tão parelhos não se pode duvidar de nada, ainda mais de um grande clube.

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SPFC = UM CARRO SEM FREIO NA LADEIRA DA SÉRIE B

O São Paulo Futebol Clube atingiu uma crise que não rondava o Morumbi  muitos anos. Há quem diga, que esta é a maior crise que o Clube enfrenta em sua história e que pode deixar marcas irreparáveis. De grandes conquistas na última década, o Clube sempre tão organizado e bem administrado (ou pelo menos parecia ser) hoje ocupa a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro e por mais que falem: “Ainda tem muitas rodadas, o elenco do São Paulo no papel é muito forte”, a cada rodada o inverso vem a tona e a possível queda para a Segunda Divisão passa a ser realidade constante no dia a dia do Tricolor.

 

Como dizia minha avó, por fora bela viola, por dentro pão bolorento, esta é a frase para um Clube de tantas glórias que as esqueceu no passado com Dirigentes arrogantes. Um time de tantas glórias hoje vive situação delicada e um tanto quanto anormal. A equipe que sempre foi “soberana” pelo menos pelos seus torcedores hoje está em uma crise que parece não ter fim. Uma administração ditadora e completamente na contramão das anteriores, brigas internas, grandes falhas nas contratações, gerando dispensas precoces, churrascos com membros de torcida organizada na sede do Clube, algo completamente incabível, já que somente poderia adentrar o recinto quem é sócio entre outras trocas de farpas publicamente.

 

A equipe junta os cacos para tentar reerguer-se no Brasileiro e não manchar a história do clube com o rebaixamento para a Série B em 2014. A diretoria marcou alguns torneios “caça-níqueis” no Exterior e só aumentou a visibilidade da crise que instaura o Morumbi nos últimos anos.

 

Algumas perguntas ficam:

• Diretoria, onde está o dinheiro do Lucas?

• Diretoria, qual o motivo da Torcida Organizada estar com livre acesso a sede do Clube e às decisões a serem tomadas?

• Qual o critério adotado para contratações e dispensas de jogadores nos últimos anos? Quem é o principal responsável por essas ações?

• Quando o valor investido no CCT de Cotia voltará em Recurso Humano para que o futuro do São Paulo esteja garantido?

 

O Corinthians caiu para a Segunda Divisão, se reestruturou e hoje é um Clube Modelo no Brasil, o Palmeiras caiu pela segunda vez para a Segunda Divisão e agora parece estar trilhando um caminho onde o futuro do Clube é primordial e nada nem ninguém é maior do que a Instituição Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo entre outros. O Torcedor São Paulino espera não ter que passar pela Série B para ter pessoas que pensem no Clube nos próximos anos, a mudança tem que ocorrer ontem e não amanhã. Uma campanha como a atual não condiz com salários astronômicos de Luis Fabiano, Ganso, Jadson e até mesmo do ídolo da torcida Rogério Ceni.

 

São Paulo Futebol Clube, ou você puxa o freio de mão que está prestes a estourar ou terá de arcar com a conseqüência de jogar a Série B em 2014. A hora da mudança é AGORA! O tricolor enfrentará o Atlético PR no Morumbi e precisa de uma vitória para acalmar seus torcedores, a diretoria espera casa cheia já que abaixou os preços dos ingressos para torcedores comuns e os sócios torcedores pagarão apenas R$2,00 para qualquer Arquibancada até o final do Campeonato Brasileiro 2013.

 

Tricolor em um caminho tenebroso.
Tricolor em um caminho tenebroso.

 

 

POR NÃO TER O QUE DIZER

Constantemente, algumas pessoas me perguntam se parei de escrever sobre a Lusa no Ferozes. Sempre respondo que não, o que é verdade. Porém, o que mais me incomoda no dia a dia da equipe é a falta de assunto. Afinal, sempre procuro em meus textos referentes à Rubro-Verde não ser repetitivo. Entretanto, percebi que isto é praticamente impossível; o cenário não muda. A situação é precária (em todos os sentidos e setores). Desesperadora. O risco do rebaixamento, novamente, é grande. Iminente.

Como é do conhecimento de todos, o nível técnico do Campeonato Brasileiro da Série A tem sido alto nos últimos tempos – principalmente após alguns jogadores brasileiros (ou estrangeiros) consagrados na Europa retornarem ao Brasil buscando recuperar a boa forma ou mesmo encerrar a carreira em um clube de coração, como é o caso de Alex, hoje no Coxa. Aliás, o camisa 10 do Coritiba é, até então, o melhor jogador do torneio.

Fora isso, a saúde financeira das equipes, que a cada ano contam com patrocínios cada vez mais alto$ e cotas de TV cada vez mais gordas, tem aumentado. Em contrapartida, neste atual mundo cheio de cifra$, alguns clubes não aprenderam como se faz, pois ainda viabilizam a qualquer custo contratações astronômicas, pagando, na maioria das vezes, salários milionários – dignos de alguns gigantes do Velho Continente.

Dito isto, aquele clube que se der ao luxo de não organizar-se administrativamente, verá, no campo, que o nível de competitividade futebolística atual não permite mais gestões amadoras e, tampouco, retrogradas. Como é o caso de Juvenal Juvêncio, presidente há um certo tempo do turbulento São Paulo, e Manuel Da Lupa, mandatário da surrada Portuguesa.

O problema da Lusa é INTERNO. E não é de hoje. De ontem. Ou 10 anos atrás. Não! O problema é velho. Velho, como os velhos que estão à frente da Nau Lusitana, que afunda a cada rodada. Em 8 partidas disputadas na competição, a Portuguesa somou apenas 7 pontos: com 1 vitória, 4 empates e 3 derrotas. A última, sofrida no fim de semana diante do Goiás, fora de casa. Com um pífio aproveitamento de 29,2 %, os números refletem perfeitamente a atual posição da tabela: a “honrosa” 19° colocação.

Assistindo a equipe paulista jogar, é nítido que alguns atletas, a maioria fracos tecnicamente, atuam no limite máximo de suas respectivas capacidades. O elenco é grande, mas quantidade não representa qualidade. O técnico é teimoso, e trabalha à base da improvisação. Complicando ainda mais sua já desgastada relação com a impaciente e calejada torcida rubro-verde.

No frigir dos ovos, está tudo errado pelos lados do Canindé.
Confesso não saber mais o que fazer. Principalmente por não ter o que dizer.

Jogadores da Portuguesa lamentam mais uma derrota no Campeonato Brasileiro 20133  (Foto: Ale Vianna/Agência Estado)
Jogadores da Portuguesa lamentam mais uma derrota no Campeonato Brasileiro 2013
(Foto: Ale Vianna/Agência Estado)

SEGUNDO TURNO: HORA DA MATEMÁTICA

Finalizado o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, resta agora ao torcedor da Lusa começar a fazer as contas para a possível permanência do clube na elite do futebol nacional.

Após desempenhar uma campanha satisfatória, levando-se em consideração o elenco limitado, a equipe paulista entrará nesta segunda metade do certame com uma missão um pouco indigesta: vencer mais em casa e, principalmente, fora.

No último sábado 25, diante da Ponte Preta, em Campinas, os comandados de Geninho defendiam uma série invicta que já durava incríveis 8 jogos. Porém, sem apresentar um bom futebol, a Portuguesa acabou derrotada pela Macaca, adversária direta na briga contra o rebaixamento. Gian Carlo, estreante no ataque da equipe campineira , marcou os gols dos donos da casa. Um deles, o primeiro da vitória por 2 a 1, um golaço! Uma meia-bicicleta com estilo!

De positivo, fica a certeza de que a cada jogo Bruno Mineiro dá sinais de que, enfim, resolveu o problema da camisa 9 lusitana. Mais um gol para a conta do artilheiro.

Segundo o Professor Kmarão (matemático do Diário Catarinense), para não cair, os times que rondam a zona da degola terão que fazer entre 43 e 44 pontos. Portanto, no caso da Portuguesa, com seus atuais 22, podemos dizer que 7 vitórias nos próximos 19 jogos seriam suficientes para manter o clube na primeira divisão.

Ou seja, um aproveitamento de 36,85%. Nenhum primor de desempenho, fato. Entretanto, basta ser regular em casa e complicar fora. Algo possível neste incerto Brasileirão. Em tese, basta usar o primeiro turno como modelo: 22 pontos em 57 possíveis. Traduzindo em números, 38,59%.

De fato é que no projeto de permanência na Série-A, o Canindé e a torcida serão fatores preponderantes para obtenção do sucesso rubro-verde. Pena que a “inteligente diretoria” não pense assim, insistido no ingresso a R$ 40,00.

Na próxima quarta, abrindo o segundo turno e com o ingresso possivelmente cobrado ao valor de 40 moedas, a Portuguesa entrará em campo, no Canindé, às 20h30, para enfrentar o Palmeiras de Felipão, mais um adversário direto, que atualmente também faz contas para escapar do descenso.
(Acompanhe aqui o texto de João Paulo Tozo sobre os riscos alviverdes: http://www.ferozesfc.com.br/reage-palmeiras/)

A batalha está lançada. Sobrará quem errar menos. Que seja a Lusa…

 

ASCENSÃO

Em um ano aonde as coisas não tem andado muito bem, o atual momento da Lusa no Campeonato Brasileiro deve ser comemorado e, muito, por sua fanática torcida.

No último sábado (4), a Portuguesa enfrentou o lanterninha Figueirense, no Canindé, e conquistou sua segunda vitória consecutiva na competição. Apresentando um convincente futebol à seus adeptos, que compareceram em grande número ao charmoso estádio localizado na Marginal Tietê, o time comandado pelo “Pequeno Gênio” deu um salto significante na tabela de classificação, ultrapassando, inclusive, o pomposo Flamengo de “Paty Amorim”.

Essa foi a primeira vez que a Rubro-Verde conseguiu dois êxitos seguidos no Nacional. No total, são quatro vitórias em 14 jogos, com 16 pontos ganhos e a 12°colocação alcançada.

Além da calmaria e boa fase que andavam distantes do CT do Parque Ecológico, a Lusa finalmente parece ter resolvido um problema crônico que tirava o sono de seu torcedor: a falta de gols e, principalmente, de um autêntico camisa 9.

Bruno Mineiro, contratado por empréstimo junto ao Atlético-PR, chegou, vestiu o manto e foi para o jogo. Resultado? Gol.
Discreto, o centroavante experiente aproveitou uma das únicas chances que teve durante a partida e deixou sua marca, sendo decisivo para a conquista dos importantes três pontos. Ananias, jogador querido pela torcida, também deixou o seu, em grande estilo, fechando o placar( 2 a 0).

O momento é de ascensão, mas também de incerteza. A pergunta que não quer calar é: será que este time manterá o embalo até o final do certame? Creio que não, obviamente. O campeonato é longo, é necessário ser regular, algo muito difícil no sistema de pontos corridos. Por conta disto, Geninho não pretende estipular metas e, sim, focar jogo a jogo, buscando superar as dificuldades e se manter longe da zona de rebaixamento, objetivo principal do clube.

Buscando agora a primeira vitória fora de casa, a Lusa enfrenta o Bahia, em Salvador, quarta-feira, às 20h30.
Se vencer, o sonho por uma vaga na próxima edição da Sul-Americana pode começar a se tornar possível.

Até a próxima!