Chazinho de Coca – Verdão não encontra o “pequeno detalhe” e mais uma vez fica só no empate.

Lincoln foi um dos nomes do jogo contra o Corinthians no clássico da semana anterior. Coube a ele fazer a ligação entre meio e ataque.

Ontem Lincoln não esteve em campo contra o Goiás. O Palmeiras teve enormes dificuldades para fazer a bola chegar a Kleber e Everthon. Ainda que Márcio Araujo possa fazer essa função, não é sua principal virtude.

Tinga e Marcos Assunção poderiam fazê-la, mas estes começaram no banco. Então coube ao Verdão pressionar as saídas de bola do Goiás.

12 minutos da 1ª etapa, Kleber – sempre ele – roubou a bola próximo a área adversária. Everthon pegou o rebote e acertou um petardo de fora da área. Belo gol que coroava a superioridade palmeirense.

O Goiás, que não faz boa campanha, sentiu o gol e perdeu-se em campo. Chances para matar o jogo começaram a aparecer ao Palmeiras. Como contra o rival da semana anterior, como contra o Botafogo, enfim, como vê sendo de praxe. Como de praxe o time não foi eficiente no ataque. Como de praxe Everthon voltou a insistir em ficar impedido.

Ao final da 1ª etapa, vendo que Palmeiras não conseguia agredir como deveria, apesar de mandar em campo, o Goiás saiu de seu campo de defesa e passou a pressionar. Deola começou a aparecer e não por acaso acabou sendo o melhor do time.

Vitor ganhou destaque no cenário da bola por sua vocação ofensiva em sua faixa de campo. Foi por isso que ele foi contratado, mas não é isso que ele vem fazendo. Sua timidez tem prejudicado o jogo por aquele lado. Não foi a toa que contra o Corinthians o lado esquerdo esteve mais forte, sobretudo quando Marcio Araujo encostou em Armero.

Felipão pediu, insistiu, mas Vitor permitiu-se ficar preso e por isso foi sacado para dar lugar a Marcos Assunção, já aos 16 da 2ª etapa.

Oras, se é para ter um lado direito burocrático, que a burocracia aconteça com alguém que detenha melhor passe, coisa que faltou muito ao Verdão.

Neste momento do jogo o Goiás já era melhor em campo. Romerito e Felipe davam o tom forte ao agora rápido ataque rival.

Felipão tentou tirar seu ataque do impedimento e mandou Luan no lugar de Everthon. A estréia do rápido atacante não foi suficientemente boa para dar luz ao apagão ofensivo que se abateu no time.

Aparentemente o 1X0 era goleada para o Palmeiras e o recuo tornou-se irritantemente evidente. Mais ainda quando Kleber deu lugar a Tinga.

Tinga tinha mesmo que entrar e ajudar o time a sair daquela situação de antifutebol. Apesar de ter ganho notoriedade na Ponte atuando como 2º volante, Tinga é meia de ofício e poderia ter feito o papel do contundido Lincoln. Só que agora ele armaria jogo para quem? Luan, que fazia sua estréia e não havia entrado bem?

Ainda assim, apesar de todo o absurdo recuo palmeirense, o Goiás padecia de sua incapacidade técnica e tropeçava nas próprias chances. O empate só poderia mesmo sair em falha palmeirense. E ela veio, como um castigo dos deuses da bola ao time que pratica o antifutebol, quando não necessita fazê-lo. Vide a Holanda na final da Copa.

Cruzamento na área, falha de todo sistema defensivo, gol “contra” de Assunção.

Depois o time resolveu atacar. Mas restando 2 minutos? Teve todo e toda a condição para buscar o 2º gol. Não era na base do desespero que iria conseguir.

Felipão disse que ao longo da semana que só faltava um “pequeno detalhe” para o time vencer seus jogos.

O detalhe deve ser tão pequeno que o time não consegue encontrá-lo.

Baixas:

Kleber está fora das próximas 3 partidas do Verdão. As duas contra o Vitória pela Sulamericana, já que a Conmebol lhe aplicou dois jogos de suspensão, ainda pela expulsão na Libertadores quando atuava pelo Cruzeiro. E do jogo contra o Atlético PR, pelo 3º amarelo recebido ontem.

Lincoln e Marcos ainda se recuperam de suas lesões. Acho que para o jogo de quarta-feira pela Sulamericana nenhum dos dois atua.

Valdivia, que finalmente assinou contrato, deve ter condições de jogo só em 20 dias. Palavras de Felipão.

Logo é bom o time ter todo o zelo com essas duas partidas eliminatórias pela competição Sulamericana. Já que no BR10, pelo menos por enquanto, a disputa de título está bem distante.

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Despeço-me dos nobres ferozes que nos visita com um petardo do Muse – Feeling Good:

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Cheers,

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